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Brasil Ex-ministro citado pela Polícia Federal no caso do INSS foi filiado ao PSD e assessor de deputados do PL e MDB

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Oliveira foi presidente do INSS de novembro de 2021 a março de 2022, quando assumiu como ministro do Trabalho e Previdência no governo de Jair Bolsonaro (PL). (Foto: Clauber Cleber Caetano/PR)

O ex-ministro do Trabalho e Previdência José Carlos Oliveira, mencionado no relatório da investigação da Polícia Federal por descontos irregulares de aposentados do INSS, trabalhou, nos últimos dois anos, como assessor dos deputados federais Marcio Alvino (PL-SP) e Baleia Rossi (SP), que preside o MDB.

Oliveira, que mudou seu nome para Ahmed Mohamad, trabalhou de 3 de julho de 2023 a 30 de junho de 2024 como secretário parlamentar de Alvino e de 13 de março deste ano até a última terça-feira (29) na mesma função no gabinete de Baleia Rossi.

Oliveira foi presidente do INSS de novembro de 2021 a março de 2022, quando assumiu como ministro do Trabalho e Previdência no governo de Jair Bolsonaro (PL). No ano passado, disputou mandato de vereador pelo PSD na cidade de São Paulo, mas não foi eleito.

Não há menções aos deputados nas investigações.

O ex-ministro é ex-sócio da Fayard Organização e Serviços Empresariais Ltda e sócio, ao lado de José Laudenor, da Yamada e Hatheyer Serviços Administrativos, como mostrou o portal Metrópoles.

Laudenor é mencionado pela PF em operação suspeita com Cícero Marcelino de Souza Santos, “que seria um significativo elemento na estrutura criminosa e que, além de receber valores expressivos, teria transacionado com outros indivíduos suspeitos.”

“Avançando, analisando a trilha financeira dos indivíduos supramencionados, observou-se que, além das relações entre Cícero Marcelino e José Laudenor, este último também transacionou com Ahmed Mohamad, tendo recebido R$ 25.650,00 entre 01/01/2023 e 31/01/2023 e enviado R$ 5.412,10 entre 25/10/2021 e 20/10/2022, sem justificativa aparente”.

“Vale reforçar, uma vez mais, que José Laudenor manteve vínculos financeiros com Cícero Marcelino (que, por sua vez, operou com Carlos Roberto Ferreira Lopes – Presidente da Conafer) e também com Ahmed Mohamad, ex-presidente do INSS e ex-ministro do Trabalho e Previdência”, continua.

“Ao que ficou demonstrado, tais transações sugeriram a utilização de contas para movimentar recursos de terceiros e/ou atividades não declaradas, caracterizando possíveis indícios de burla/fracionamento e lavagem de dinheiro.”

Outro lado

Procurado, Baleia Rossi afirmou que o ex-ministro foi contratado há cerca de um mês “como assessor para atuar na cidade de São Paulo, onde foi candidato a vereador em 2024 com boa votação”. “Ele é quem pediu exoneração”, complementa.

O gabinete do deputado Marcio Alvino afirmou que Oliveira mantém uma relação política de longa data com o parlamentar e com o PL, “desde os tempos em que atuava como suplente de vereador de Antônio Carlos Rodrigues.”

Afirmou ainda que, por sua expressiva atuação política e articulação na zona sul da cidade de São Paulo, o deputado identificou a oportunidade de tê-lo como colaborador no gabinete, com o objetivo de fortalecer o trabalho político regional e ampliar a representatividade parlamentar naquele território estratégico.

Segundo o gabinete de Alvino, embora historicamente vinculado ao PL, Oliveira optou por se filiar ao PSD —ele tentou se eleger vereador por São Paulo em 2024. “Diante da mudança partidária, e em comum acordo com o deputado, seu desligamento foi realizado de maneira cordial, com total compreensão e respeito às decisões e projetos pessoais do sr. Oliveira”, afirma.

No gabinete, Oliveira atuou como assessor político regional, exercendo funções de apoio às atividades legislativas, comunicacionais e institucionais do parlamentar, com ênfase na representação comunitária.

O ex-ministro, por sua vez, afirma não ser “citado como investigado nem foi alvo da Operação Sem Desconto”. “Seu nome aparece de maneira secundária, a partir de uma análise de movimentações financeiras atribuídas a terceiros”, indicou, em nota.

Oliveira afirma que a referência a transações financeiras envolvendo seu nome decorre da análise da PF sobre movimentações de integrantes da Conafer (Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais). “No entanto, é fundamental destacar que Oliveira não possui qualquer relação financeira com os investigados, tampouco com a referida entidade”, complementa.

Além disso, afirma que valores eventualmente transferidos para o ex-ministro e sua filha não têm qualquer vínculo com atividades da Conafer ou com os fatos investigados no que se refere ao INSS.

Sobre o trabalho desempenhado para os deputados enquanto assessor, Oliveira diz que sempre “foi marcado pelo profissionalismo e com foco nas pautas dos parlamentares, com ênfase na representação comunitária e com a missão de fomentar a interlocução entre a população e os gabinetes.” As informações são do portal Folha de São Paulo.

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