Por Redação O Sul | 20 de julho de 2022
O ex-ministro das Finanças Rishi Sunak e a secretária de Relações Exteriores Liz Truss vão lutar para se tornar o próximo primeiro-ministro britânico depois de vencerem a votação final entre os parlamentares, estabelecendo a última etapa da disputa para substituir Boris Johnson.
Sunak liderou todas as rodadas de votação entre os parlamentares conservadores, mas é Truss quem parece ter conquistado a vantagem até agora entre os 200.000 membros do partido governista que escolherão o vencedor.
Reta final
A reta final de uma disputa de semanas colocará Sunak, um ex-banqueiro do Goldman Sachs que elevou a carga tributária para o nível mais alto desde a década de 1950, contra Truss, uma convertida ao Brexit que prometeu cortar impostos e regulamentação.
Quem triunfar quando o resultado for anunciado em 5 de setembro herdará algumas das condições mais difíceis no Reino Unido em décadas. A inflação está a caminho de atingir 11% ao ano, o crescimento encontra-se estagnado e a libra perto de mínimas históricas em relação ao dólar.
O Reino Unido sob Johnson, e auxiliado por Truss, também adotou uma linha dura contra Bruxelas em suas negociações pós-Brexit sobre a Irlanda do Norte, atraindo ações legais da União Europeia e ameaçando futuros laços comerciais.
Onze candidatos
Onze candidatos originalmente apresentaram seus nomes, mas em uma quinta e última votação de parlamentares conservadores nesta quarta-feira, a ministra do Comércio Penny Mordaunt foi eliminada. Sunak obteve 137 votos, contra 113 de Truss e 105 de Mordaunt.
Pesquisas mostram que Truss venceria Sunak na disputa dos membros do partido, abrindo a chance de o partido eleger um líder que não era a escolha mais popular entre os parlamentares em Westminster.
Truss agradeceu a seus apoiadores. “Estou pronta para um bom desempenho desde o primeiro dia”, disse ela no Twitter.
Sunak afirmou no Twitter: “Agradecido por meus colegas confiarem em mim hoje. Trabalharei noite e dia para entregar nossa mensagem em todo o país”. As informações são da agência de notícias Reuters.
