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Política Ex-ministro Gedel Vieira Lima, que foi preso pela Polícia Federal, é alvo de denúncias desde os 25 anos de idade

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Ex-ministro de Temer deixou cargo em novembro do ano passado, após acusações de tráfico de influência. (Foto: AE)

Denúncias de irregularidades rondam a vida pública do ex-ministro Geddel Vieira Lima desde seu primeiro emprego, aos 25 anos, quando foi acusado de desviar milhões do Baneb (Banco do Estado da Bahia) e beneficiar sua família.

Dez anos depois, em 1994, já deputado federal, foi implicado no escândalo dos “anões do Orçamento” depois de seu nome aparecer em um papel encontrado na casa de um diretor da Odebrecht ao lado da mensagem “4%”. Foi inocentado.

Geddel foi preso nesta segunda-feira, 13, pela Polícia Federal, em sua casa em Salvador. A prisão é em caráter preventivo e procuradores afirmam que o peemedebista tem agido para atrapalhar investigações.

O ex-ministro também já foi associado a acusações de enriquecimento ilícito e de direcionamento para aliados de verbas do Ministério da Integração Nacional, mas foi a citação a seu nome na operação Cui Bono?, da Polícia Federal, que resultou na primeira consequência jurídica prática.

Geddel, que sempre negou todas as acusações, se entrincheirou em seu apartamento em Salvador desde novembro passado, quando entregou a carta de demissão ao presidente Michel Temer após ser acusado de tráfico de influência para aprovar a construção irregular de um edifício na capital baiana. A interlocutores, dizia que estava “refazendo a vida”.

Só reapareceu em Brasília em março, quando boatos davam conta de que ele poderia fazer delação premiada. Na ocasião, jantou com Temer no Palácio do Jaburu. Sempre que era questionado sobre essa hipótese, reagia com palavrões. E sobre a possibilidade de ser preso, algo que já se falava há duas semanas, dizia estar “tranquilo”.

Celulares

O juiz federal Vallisney de Souza Oliveira, titular da 10ª Vara da Justiça Federal no Distrito Federal, decretou a prisão preventiva do ex-ministro Geddel Vieira Lima, no âmbito da Operação Cui Bono. Geddel foi preso, nessa segunda-feira (3), a pedido da PF (Polícia Federal) e da força-tarefa Greenfield – que também é responsável pelas operações Sépsis e Cui Bono.

O magistrado determinou a apreensão dos celulares do ex-ministro no despacho em que concedeu a prisão preventiva dele. O juiz autoriza a PF a “forçar entrada e arrombar portas e cofres, na hipótese de resistência de seu cumprimento”. Ele também “autoriza empregar força contra coisas existentes e todos os meios legais para o cumprimento do mandado, inclusive prendendo em flagrante os que se opuserem à execução da diligência”. Além da prisão preventiva, a Justiça acatou os pedidos de quebra de sigilos fiscal, postal, bancário e telemático do ex-ministro.

Na petição apresentada à Justiça, foram citadas mensagens enviadas recentemente (entre os meses de maio e junho) por Geddel à esposa de Lúcio Funaro. Para provar tanto a existência desses contatos quanto a afirmação de que a iniciativa partiu do político, Funaro entregou à polícia cópias de diversas telas do aplicativo. Nas mensagens, o ex-ministro, identificado pelo codinome “carainho”, sonda a mulher do doleiro sobre a disposição dele em se tornar um colaborador do MPF. Para os investigadores, os novos elementos deixam claro que Geddel continua agindo para obstruir a apuração dos crimes e ainda reforçam o perfil de alguém que reitera na prática criminosa. Por isso eles pediram a prisão “como medida cautelar de proteção da ordem pública e da ordem econômica contra novos crimes em série que possam ser executados pelo investigado”.

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https://www.osul.com.br/ex-ministro-gedel-vieira-lima-que-foi-preso-pela-policia-federal-e-alvo-de-denuncias-desde-os-25-anos-de-idade/ Ex-ministro Gedel Vieira Lima, que foi preso pela Polícia Federal, é alvo de denúncias desde os 25 anos de idade 2017-07-04
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