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Brasil Ex-mulher de Pazuello procura a CPI da Covid para depor de forma espontânea aos senadores

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Andréa Barbosa diz que tem assuntos a esclarecer sobre o período do general como ministro da Saúde de Bolsonaro. (Foto: Reprodução)

Ex-mulher do general da ativa Eduardo Pazuello, Andréa Barbosa, procurou a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid para prestar depoimento, de forma espontânea. Na pauta estariam atos protagonizados pelo militar quando comandava o Ministério da Saúde.

De acordo com informações do colunista Lauro Jardim, do jornal “O Globo”, ela enviou um e-mail ao colegiado, elencando os pontos que poderia abordar sobre atos que têm o ex-marido como protagonista.

A partir do que foi relatado na mensagem, o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), estaria marcando uma reunião presencial com ela – que também é de Manaus – para avaliar se o conteúdo é de interesse público. Uma decisão  nesse sentido, porém, só deve ser definida após consulta a outros senadores.

Nas suas redes sociais, a ex-mulher de Pazuello tem feito nos últimos três anos várias postagens com críticas ao governo federal, especialmente no que se refere ao presidente Jair Bolsonaro. Ela também se define como “uma mulher contra o fascismo”.

Em uma de suas mensagens, Andréa Barbosa denunciou que a sua filha com Pazuello – uma adolescente de 13 anos – recebeu ameaças pelo celular. O relato, posteriormente apagado, reproduzia na íntegra os textos enviados à garota por um anônimo. No fim de uma das mensagens, a afirmação “Seu pai é um merda, se mata logo, menina, se enforca”.

Mais uma investigação

Membros da CPI da Covid querem apurar uma negociação envolvendo o Ministério da Saúde e a empresa Belcher Farmacêutica, com sede em Maringá (PR) e que atuou no Brasil como representante do CanSino Biologics. Trata-se do laborarório responsável pelo imunizante chinês Convidecia.

Senadores avaliam que é necessário aprofundar essa linha de investigação para saber se houve participação do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), que foi prefeito de Maringá. Um dos sócios da Belcher é filho de um empresário próximo de Barros.

“Tem essa movimentação para a compra de vacina chinesa com empresa de Maringá com ligações próximas com Barros. Não quero acusá-lo de nada, mas é muita coincidência”, disse neste domingo (27) o senador Otto Alencar (PSD-BA), que é membro do colegiado. “A CPI vai apurar, sem dúvida nenhuma”, afirmou.

Além disso, senadores citam que empresários aliados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) têm atuado em favor das negociações para a compra da Convidecia. Entre eles estão Luciano Hang, das lojas Havan, e Carlos Wizard, fundador da rede de ensino de idiomas Wizard.

Em 4 de junho, o Ministério da Saúde assinou uma carta de intenção de compra da vacina da CanSino. A negociação envolvia 60 milhões de doses a um custo de US$ 17 cada uma.

Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que a empresa CanSino não é mais representada pela farmacêutica Belcher e que o acordo não foi fechado.

“A pasta recebeu comunicado da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no último dia 17. Dessa forma, as negociações que estavam em andamento foram canceladas”, disse, em nota.

Um pedido para uso emergencial da vacina da CanSino no Brasil foi apresentado pela Belcher à Anvisa no dia 19 de maio. Segundo a agência, no entanto, após verificação inicial, houve pedidos de novos documentos, ainda não entregues, o que travou a análise.

Além disso, a agência diz ter recebido no dia 17 de junho um comunicado da empresa CanSino informando que a Belcher e o Instituto Vital Brazil, que também acompanhava o pedido, não possuem mais autorização para representar a CanSino. Com isso, a situação do pedido de uso emergencial deve ser reavaliada, aponta.

“O comunicado cita a revogação da autorização concedida à Belcher e destaca que as empresas não possuem autorização para requerer autorização de uso emergencial, registro, autorização de comercialização, bem como atividades de preparação e distribuição da vacina”, informa em nota.

O órgão diz ter avisado o ministério em seguida. Representantes da pasta dizem que a negociação foi cancelada em 18 de junho. Um novo comunicado da CanSino confirmando que não há mais ligação com a Belcher foi feito à Anvisa neste fim de semana.

Membro da CPI, o senador Humberto Costa (PT-PE) disse que a linha de investigação sobre a negociação desta vacina chinesa será debatida nesta segunda-feira (28). Está marcada uma reunião do grupo majoritário do colegiado, ou seja, dos senadores de oposição e independentes.

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