Sábado, 27 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 15 de julho de 2015
Preso na Suíça desde o dia 27 de maio, o ex-presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) José Maria Marin foi ouvido por autoridades do país nessa terça-feira pela primeira vez desde a sua detenção. O brasileiro contestou o pedido da Justiça norte-americana para que ele seja mandado pelas autoridades suíças para o país. Na audiência, que é o primeiro passo para o processo de extradição para os Estados Unidos, a defesa do ex-presidente argumentou que não há provas na acusação feita contra ele.
O brasileiro esteve acompanhado de dois advogados. Além deles, estavam no local um intérprete judicial e um representante da polícia da Suíça. Só a defesa do cartola teve acesso à audiência. De acordo com os advogados de Marin, ele foi questionado se sabia dos crimes que foi acusado. O dirigente respondeu que sim. Foram realizadas outras 14 perguntas, mas nenhuma delas sobre o mérito dos crimes.
Marin responde pelos crimes de fraude, lavagem de dinheiro e conspiração envolvendo recebimento de propina em acordos para a transmissão de competições como a Copa América e a Copa do Brasil.
Autoridades norte-americanas apresentaram na acusação contra o brasileiro trechos de gravações onde ele pede propinas para representantes de empresas de marketing esportivo.
A defesa do dirigente tem até o dia 28 deste mês para apresentar uma defesa técnica contra a extradição. Os advogados afirmam que recorrerão até a Suprema Corte da Suíça. (Folhapress)