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Mundo Ex-secretário de Hugo Chávez que recebeu 1 bilhão de dólares de propina é condenado a dez anos de prisão nos Estados Unidos

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O ex-secretário do Tesouro Alejandro Andrade. Ele confessou ter recebido valores indevidos. (Foto: Reprodução)

Um ex-secretário do governo de Hugo Chávez (1954-2013) na Venezuela foi condenado na terça-feira (27) nos Estados Unidos a dez anos de prisão por ter participado de um esquema de corrupção de mais de US$ 1 bilhão (R$ 3,84 bilhões). Alejandro Andrade, que foi secretário do Tesouro, já tinha feito um acordo com os procuradores e se declarado culpado em dezembro da acusação de lavagem de dinheiro.

Na terça, a juíza federal Robin Rosenberg, da Flórida, o condenou a dez de prisão, a pena máxima. Andrade pagou uma fiança de US$ 1 milhão (R$ 3,84 milhões) e só precisará se entregar em fevereiro de 2019.

O venezuelano de 54 anos pediu desculpas por suas ações e disse que sente “uma enorme dor e remorso” por ter participado do esquema. “Eu assumo toda a responsabilidade pela minha conduta”, disse ele no tribunal.

Andrade se aproximou do então presidente Chávez quando foi guarda-costas do mandatário e logo ganhou espaço no governo, assumindo em 2007 como secretário do Tesouro, posição na qual ficaria até 2011.

Após deixar o cargo, ele se mudou para Wellington, um vilarejo próximo a Miami, mas logo se tornou um alvo das autoridades americanas, que buscam processar ex-integrantes do governo venezuelano envolvidos em casos de corrupção.

Foi neste cenário que o ex-tesoureiro aceitou um acordo no qual jurou não ter mais relação com Caracas, prometeu cooperar com os investigadores e entregou para a Justiça americana todos os seus bens, incluindo seis casas, 17 cavalos, 35 relógios de luxo e 12 carros.

Em troca, não será extraditado para a Venezuela e poderá cumprir sua pena nos EUA — o governo do ditador Nicolás Maduro queria que ele retornasse ao país para responder às acusações. Andrade confessou ter recebido mais de US$ 1 bilhão em propina para facilitar a compra ilegal de dólares a valores abaixo do mercado.

A partir de 2003, o governo venezuelano passou a vender dólares com forte subsídio. No mercado negro, a moeda americana tem valor até 30 vezes maior. Com isso, pessoas com acesso privilegiado conseguem comprar dólares a preço baixo e revendê-los com grande lucro.

Ele acusou ainda o empresário Raul Gorrin, dono da rede de TV venezuelana Globovisón, de também participar do esquema. Acusado pelos dois governos, ele está atualmente foragido.

ONU

A ONU (Organização das Nações Unidas) liberaram na segunda-feira US$ 9,2 milhões em ajuda de emergência para a Venezuela, com o objetivo de apoiar programas de ajuda humanitária no país abatido pelo caos econômico e social. A verba, que configura a primeira alocação de recursos da ONU para a crise venezuelana, será aplicada em ações que incluem assistência médica para os setores mais vulneráveis da população e programas de nutrição para mulheres grávidas, gestantes e crianças menores de 5 anos.

O acordo representa uma mudança de posição do governo de Nicolás Maduro, que vinha negando que o país passe por uma crise humanitária. Maduro culpa as sanções econômicas dos Estados Unidos pela crise econômica que neste ano levará a uma inflação de 1,37 milhão por cento, segundo projeção do FMI (Fundo Monetário Internacional), e a uma queda do PIB (Produto Interno Bruto) estimada em 17,5%.

No contexto do que chama de “guerra econômica” contra o país, o governo venezuelano rejeitava há tempos qualquer ajuda internacional, vista como uma forma de intervenção.
A verba virá do Fundo Comum de Resposta a Emergências da ONU (Cerf, na sigla em inglês). O mesmo fundo já havia alocado US$ 6,2 milhões para países sul-americanos que receberam a maior parte dos 3 milhões de venezuelanos que deixaram o país desde 2015, devido à escassez de alimentos e remédios.

A resistência do governo de Maduro a receber ajuda externa amainou com a posse da ex-presidente chilena Michelle Bachelet no cargo de alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, no início de setembro.

Em entrevista a um site da ONU logo depois da posse, Bachelet contou que se reuniu em Genebra com o chanceler venezuelano, Jorge Arreaza, e lhe pediu que permitisse o acesso de técnicos do organismo para avaliar a situação humanitária no país sul-americano.

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