Quinta-feira, 31 de outubro de 2024
Por Redação O Sul | 2 de dezembro de 2016
O ex-tesoureiro do PP João Claudio Genu foi condenado por vantagem indevida – para si e outros – acertada em contratos da Petrobras com a diretoria de Abastecimento. Ele foi condenado por 11 crimes corrupção passiva e associação criminosa a oito anos e oito meses de reclusão.
Ele é era réu apenas em um processo na Operação Lava Jato, portanto, está é a primeira condenação dele. O advogado Marlus Arns, responsável pela defesa de Genu, informou que vai recorrer da decisão.
A sentença do juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato na primeira instância, é desta sexta-feira (2).
Genu foi preso na 29ª fase da Lava Jato, deflagrada em maio deste ano. Atualmente, está detido na carceragem da Polícia Federal (PF), em Curitiba.
Ele foi assessor do ex-deputado federal José Janene (PP-PR), morto em 2010, e foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no processo do mensalão do PT em 2012.
Moro absolveu Genu de lavagem de dinheiro por falta de prova suficiente para condenação criminal.
Rafael Ângulo Lopes também foi condenado neste mesmo processo por cinco crimes de corrupção passiva. Ele foi condenado a cumprir dois anos de prisão e multa, porém, como é delator, cumprirá em regime aberto diferenciado.
De acordo com a sentença de Moro, Rafael Ângulo Lopes deve cumprir as seguintes medidas:
-Recolhimento domiciliar nos finais de semana e nos dias úteis, das 22h às 6h, com tornozeleira eletrônica, pelo período de dois anos;
-Prestação semanal de cinco horas de serviços comunitários a entidade pública ou assistencial pelo período de dois anos;
-Apresentação bimestral de relatórios de atividades;
– Proibição de viagens internacionais salvo com autorização do Juízo pelo prazo do recolhimento domiciliar.
Outro réu desta ação penal, Lucas Amorim Alves foi absolvido de todas as imputações por falta de prova suficiente para condenação criminal.