Quarta-feira, 14 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 16 de setembro de 2016
Explosões e superaquecimentos provocados pelo Galaxy Note 7 causaram pelo menos 26 incidentes com queimaduras nos Estados Unidos, informou a CPSC (Comissão de Segurança de Produtos de Consumo dos EUA).
A informação consta do comunicado oficial da agência sobre o recolhimento dos celulares pela Samsung, devido a “sérios riscos de incêndios e queimaduras”. Segundo a CPSC, 1 milhão de aparelhos são alvo do recall no país.
A Samsung havia anunciado o recall no começo de setembro, assim que começou a receber reclamações de que as baterias do Galaxy Note 7 eram propensas a incêndios e explosões. A empresa interrompeu as vendas nos dez mercados em que havia começado a vender o celular.
Ao todo, a Samsung recebeu 92 relatos de superaquecimento de baterias nos EUA. Dentre eles, 26 informes são de queimaduras e outros 55 de danos materiais, como incêndios em carros ou garagens.
A CPSC pede que os consumidores desliguem os aparelhos Galaxy Note 7 imediatamente e parem de usá-los.
Relatos pelo mundo.
Além dos incidentes americanos, já surgiram relatos de explosões do Galaxy Note 7 em outros locais do mundo. Na Austrália, por exemplo, um homem afirmou que seu smartphone explodiu em um hotel em Perth. O aparelho causou danos no quarto, queimando os lençóis da cama e o carpete do local. Ele ainda teria queimado um de seus dedos quando derrubou o celular no chão durante o susto.
Nem o país natal da Samsung, a Coreia do Sul, ficou imune ao problema: conforme um homem relatou nas redes sociais, um aparelho explodiu enquanto estava conectado à tomada por meio de um cabo, colocando em risco a segurança do dono e de todos os demais em volta.
Samsung vai limitar recargas.
Enquanto a Samsung não consegue substituir todos os Galaxy Note 7 problemáticos já vendidos, a companhia encontrou uma solução de software para evitar que outras unidades do aparelho venham a explodir. A companhia vai lançar uma atualização que limita recargas a somente 60% da capacidade máxima da bateria do smartphone.
“É uma medida para colocar a segurança dos consumidores em primeiro lugar e nos desculpamos pelos inconvenientes que isso causa”, afirma a fabricante. A promessa é que a atualização seja disponibilizada a partir do próximo dia 20.
Companhia aérea proíbe celular em voo para o Brasil.
Após a autoridade de aviação dos Estados Unidos emitir uma recomendação para que os donos do Galaxy Note 7 o mantenham completamente desligado durante o voo, devido ao risco de explosão e incêndio, a medida foi seguida pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). O órgão orientou as companhias aéreas a alertarem os passageiros “quanto aos riscos no transporte do aparelho nas aeronaves”.
A orientação foi seguida à risca por uma empresa aérea em um voo tendo o Brasil como destino. Os comissários pediram que o smartphone ficasse desligado até o desembarque no Rio de Janeiro.