Quarta-feira, 12 de novembro de 2025

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Economia Exportações do Brasil ao resto do mundo compensam perda com tarifaço de Trump

Compartilhe esta notícia:

No agregado, produtos atingidos pela medida de Trump desde agosto aceleram exportação para outros países. (Foto: Divulgação/Porto de Santos)

O embarque aos Estados Unidos no agregado de produtos atingidos pelo tarifaço e nos quais os americanos representam ao menos 5% da exportação brasileira caiu de agosto a outubro deste ano ante iguais meses de 2024, mas aumentou para o resto do mundo. Mais do que isso, o valor total perdido nas vendas ao mercado americano nesse grupo de bens foi superado pelo aumento de receitas de embarques dos mesmos itens para os demais mercados.

De agosto a outubro deste ano a venda agregada aos americanos de 1.503 bens não isentos do tarifaço resultou em receita US$ 1,58 bilhão abaixo da auferida em igual trimestre do ano passado. Para o resto do mundo, o mesmo grupo de produtos rendeu US$ 3,1 bilhões a mais de exportações brasileiras, mantida a comparação.

A fatia de ao menos 5% das exportações aos americanos considerou os valores embarcados de agosto a outubro de 2024. Esse recorte abarca 96% do valor de todos os produtos atingidos pelo tarifaço e exportados pelo Brasil nesse trimestre.

“No agregado, o tarifaço americano não é uma hecatombe. Não há perda do ponto de vista macroeconômico, embora a sinalização das medidas americanas seja ruim”, diz Rafael Cagnin, economista-chefe do IEDI.

“Os dados mostram capacidade de redirecionamento bem grande dentro da exportação dos produtos atingidos. O agregado reflete mais os produtos com maior peso, parte importante deles relacionada a atividades de início de cadeia produtiva e que dependem menos dos Estados Unidos.” Isso, porém, pondera o economista, não tira o problema de alguns produtos e setores, principalmente dos mais expostos ao mercado americano.

Os dados mostram comportamento heterogêneo entre os produtos embarcados. Do total de 1.503 itens, 364 – 24,2% – tiveram aumento no valor exportado aos EUA no trimestre até outubro na comparação com os mesmos meses do ano passado. Portanto, não foram afetados no período.

Dos demais 1.139 itens nos quais houve queda nos embarques aos EUA, em 463 a receita de exportação também caiu ou ficou igual nos demais destinos. Ou seja, em 30% dos produtos analisados houve perda nas vendas aos americanos, sem qualquer compensação em outros mercados.

Nos demais 676 produtos, houve receita crescimento de valor de exportação ao resto do mundo em relação ao trimestre encerrado em outubro de 2024, mas em 261 deles o valor embarcado a mais foi menor que a perda com a queda de vendas aos EUA. Ou seja, em 17,4% do universo levantado, a compensação foi apenas parcial. Nos demais 415 itens – fatia de 27,6% dos itens analisados -, o valor destinado ao resto do mundo superou a perda com a queda de embarques ao mercado americano.

A exportação de bens não isentos do tarifaço somou, no agregado, US$ 3,76 bilhões de agosto a outubro de 2025, ante os US$ 5,3 bilhões de iguais meses do ano passado. Para o resto do mundo o mesmo grupo de produtos rendeu total US$ 18,2 bilhões em exportações brasileiras em 2025, com alta de 20% ante os US$ 15,2 bilhões do ano passado, no mesmo período, sempre considerando os produtos em que o mercado americano teve ao menos 5% do total da exportação brasileira.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com Trump no fim de outubro na Malásia na expectativa de negociar um impacto menor do tarifaço americano nos produtos brasileiros.

A exportação brasileira total aos EUA, incluindo isentos ou não isentos, caiu nos últimos três meses. Segundo a Secex, em agosto, mês em que o tarifaço passou a valer, a queda foi de 16,5%, seguida por 20,3% no mês seguinte. Em outubro a queda se aprofundou para 37,9%, sempre ante igual mês de 2024. No trimestre até outubro a exportação total aos americanos caiu 24,9%. O embarque dos atingidos pelo tarifaço caiu em ritmo maior, de 29,6%. Com isso, a fatia dos atingidos pela política tarifária de Trump considerados no levantamento encolheu de 52,3% em 2024 para 49,1% em 2025 na exportação brasileira total aos EUA, de agosto a outubro. (Com informações do Valor Econômico)

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Economia

Governo prorroga até fevereiro o prazo para aposentados contestarem descontos no INSS
Inflação para o consumidor aumenta em Porto Alegre
https://www.osul.com.br/exportacao-do-brasil-ao-resto-do-mundo-compensa-perda-com-tarifaco-de-trump/ Exportações do Brasil ao resto do mundo compensam perda com tarifaço de Trump 2025-11-11
Deixe seu comentário
Pode te interessar