Quarta-feira, 08 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 28 de outubro de 2015
O ritmo brasileiro das exportações de commodities continua intenso, porém o desempenho do setor na balança comercial perde com a acentuada queda dos preços internacionais.
Tomando como base os líderes do setor, quase todos elevaram o volume exportado neste mês, em relação a igual período do ano passado, mas são os que têm as maiores quedas de preços.
A líder soja, que terá exportações recordes em volume neste ano, termina outubro com a tonelada do produto exportado em 382 dólares, uma queda de 22% em comparação ao resultado do mesmo mês de 2014.
A redução média de preços durante o ano fará com que as receitas com o complexo soja (grãos, farelo e óleo), que atingiram 31 bilhões de dólares no ano passado, fiquem próximas de 25 bilhões de dólares em 2015.
Outros dois produtos de destaque – café e açúcar – têm quedas de preços semelhantes: recuo de 27% ante os valores de igual período de 2014, de acordo com dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior).
A queda de preços passa também pelo setor de carnes. O volume exportado das carnes suína e bovina “in natura” terminará o mês com altas de 4%. Os preços, no entanto, ficam bem abaixo dos registrados no ano passado. Dados da Secex indicam que a tonelada de carne suína “in natura” recuou para 2.418 dólares neste mês, ante 4.194 dólares em outubro de 2014. Já o preço da carne bovina caiu 17% no período.
As exportações de carne de frango “in natura” perdem tanto em volume como em preços. Enquanto o volume recuou 3,5%, o preço médio por tonelada caiu 22%.
No ranking das piores posições estão minério de ferro e petróleo. Já um dos destaques positivos é o milho, cuja queda de preços foi de 6% no período, mas o volume exportado cresceu 82%. O volume de minério exportado neste mês supera em 16% o de outubro de 2014, mas os preços atuais estão 44% menores. O petróleo tem o mesmo cenário. As vendas externas se expandem, mas os preços médios estão com queda de 56%, de acordo com dados da Secex.
Se os preços das commodities ainda estivessem nas nuvens, como ocorria há dois anos, o país estaria tendo um bom alívio em suas contas devido aos volumes exportados neste ano.