Por Redação O Sul | 1 de novembro de 2015
Preocupada com a crise, a Honda desistiu de inaugurar sua segunda fábrica no País, em Itirapina, interior de São Paulo, prevista para o primeiro semestre de 2016. A fabricante japonesa é uma das poucas que registram crescimento de vendas, em um mercado que cai mais de 20%. Ainda assim, o grupo informou que só definirá uma nova data “de acordo com a evolução do mercado”.
As obras da fábrica estão prontas desde abril. Nos últimos meses, todos os equipamentos foram instalados e a empresa realiza testes das máquinas de solda, estamparia e linha de montagem. Cerca de 120 funcionários foram contratados e, segundo a Honda, serão mantidos para continuar com os testes.
“Nos últimos meses, o cenário econômico se deteriorou muito, com forte desvalorização cambial, inflação, alta dos juros e recessão, que refletem a situação político-econômica do Brasil e da América do Sul e impactam significativamente o mercado de automóveis. Com isso, nossa expectativa é manter o mesmo nível de vendas deste ano, o que poderá ser suprido pela fábrica de Sumaré (SP)”, informou a empresa, em nota.
A filial de Itirapina, cujo investimento soma 1 bilhão de reais, dobra a capacidade produtiva do grupo, de 120 mil veículos ao ano na fábrica de Sumaré (SP).
De janeiro a setembro, as vendas da Honda cresceram 17,4%, para 112,6 mil unidades. O mercado geral de automóveis caiu 20,5%, para 1,6 milhão de unidades.
A montadora creditou o desempenho à renovação de sua linha de produtos e ao lançamento, no mês de março, do HR-V, que tem fila de espera de dois meses e já é o modelo mais vendido da marca.
A Honda informou que os investimentos na filial de Itirapina estão mantidos. (AE)
