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Geral Fabrício Queiroz foi transferido para o Rio após ser preso em São Paulo

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O ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro Fabrício Queiroz foi transferido de helicóptero. (Foto: Amanda Perobelli/Reuters)

O ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro Fabrício Queiroz foi transferido de helicóptero de São Paulo para o Rio de Janeiro nesta quinta-feira (18). Após o pouso no Aeroporto de Jacarepaguá, na Zona Oeste da capital fluminense, ele seguiu para o Instituto Médico-Legal (IML) para exames e então foi levado para o presídio de Benfica, na Zona Norte do Rio. Posteriormente, ele foi levado para o Presídio Pedrolino Werling de Oliveira, em Bangu, na Zona Oeste. Ele foi preso nesta quinta-feira na cidade de Atibaia, no interior de São Paulo, por agentes do MP (Ministério Público) e da Polícia Civil do Estado, na Operação Anjo.

De acordo com o Ministério Público de São Paulo, ele foi encontrado no sítio de um advogado que presta serviços ao senador Flávio Bolsonaro.

As investigações do MP-RJ (Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro) que levaram à prisão do ex-assessor e ex-motorista do então deputado estadual na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) começaram em 2018 com a divulgação de um relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), que apontou movimentações suspeitas nas contas de parlamentares, assessores e servidores públicos da Alerj, entre eles, Fabrício Queiroz. Essa investigação levou à instauração de 22 procedimentos investigatórios criminais, de acordo com o MP, com o objetivo de esclarecer suposta participação de parlamentares e de servidores nas movimentações de valores.

Esse relatório surgiu durante a Operação Furna da Onça, um desdobramento da Operação Cadeia Velha. As duas resultaram na prisão de parlamentares da Alerj, segundo o MP-RJ, por indícios de participação em esquema de propinas ligado à organização criminosa liderada pelo ex-governador do Rio Sérgio Cabral.

De acordo com o MP-RJ, no esquema chamado de rachadinha, os deputados contratavam assessores e, em troca, recebiam de volta parte dos salários deles. São 21 parlamentares citados, entre eles, o então deputado estadual Flávio Bolsonaro. O relatório do Coaf apontou uma movimentação atípica de R$ 1,2 milhão em uma conta em nome do ex-assessor.

A prisão de Queiroz em São Paulo ocorreu dentro da Operação Anjo que cumpriu ainda outras medidas cautelares autorizadas pela Justiça relacionadas ao inquérito que investiga a rachadinha. Ainda na operação deflagrada no início da manhã desta quarta, a Justiça decretou mandados de busca e apreensão de outros suspeitos, além do afastamento da função pública, o comparecimento mensal em Juízo e a proibição de contato com testemunhas. Os outros suspeitos são o servidor da Alerj Matheus Azeredo Coutinho; os ex-funcionários da casa legislativa Luiza Paes Souza e Alessandra Esteve Marins; e o advogado Luis Gustavo Botto Maia.

Nathália Melo de Queiroz e Evelyn Melo de Queiroz, filhas de Fabrício Queiroz, e a mulher dele, Márcia Oliveira de Aguiar, também estão sendo investigadas por participação do esquema da Rachadinha.

O advogado de Fabrício Queiroz, Paulo Emílio Catta Preta, considerou a prisão preventiva de seu cliente como medida jurídica exagerada e desnecessária. Ele disse ainda que pedirá que seu cliente seja transferido para uma unidade prisional da Polícia Militar, já que ele é PM reformado. Catta Preta falou com a imprensa no início da tarde desta quinta-feira, do lado de fora do Presídio de Benfica.

Me parece excessivo uma pessoa que sempre esteva à disposição, que está em tratamento de saúde, que ofereceu esclarecimentos nos autos, que não apresenta risco nenhum de fuga, ela sofra uma medida tão pesada quanto uma prisão preventiva. Mas eu só vou poder fazer um juízo definitivo disso, no momento em que eu tiver a decisão.”

Ao longo das investigações para contestar a possibilidade de vazamento de informações, o MP-RJ argumentou que o acesso aos relatórios de movimentações atípicas produzidos pelo Coaf é legal e permitida aos MPs dos estados conforme decisões do STJ e do STF.

Assim, o relatório foi espontaneamente encaminhado pelo Coaf ao MP-RJ, em janeiro de 2018, e foi analisado pelo Laboratório de Lavagem da CSI/MP-RJ até julho, quando foram abertas as portarias provisórias de investigação, numa total de 22 procedimentos, ainda sem a identificação dos deputados envolvidos. Um cuidado necessário com a imagem dos parlamentares, uma vez que, nem sempre, operações financeiras inicialmente consideradas suspeitas são, de fato, ilícitas”, informou o MP em janeiro de 2019.

Em mensagem postada no seu perfil no Twitter, o senador Flávio Bolsonaro disse acompanhar com tranquilidade os fatos. “Encaro com tranquilidade os acontecimentos de hoje. A verdade prevalecerá! Mais uma peça foi movimentada no tabuleiro para atacar Bolsonaro. Em 16 anos como deputado no Rio nunca houve uma vírgula contra mim. Bastou o Presidente Bolsonaro se eleger para mudar tudo! O jogo é bruto!”, postou o senador. As informações são da Agência Brasil.

 

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