Sexta-feira, 04 de outubro de 2024
Por Redação O Sul | 3 de maio de 2024
Pelo menos 52 municípios gaúchos sofrem com o desabastecimento de água, consequência do severo desastre climático que assola o Rio Grande do Sul desde o último final de semana. Conforme boletim divulgado pelo Centro de Operações Integradas (COI) da Corsan na tarde dessa sexta-feira (3), um total de 436 mil imóveis estão sem água. A região Central é a mais afetada, com ocorrências em 12 cidades e 143 mil famílias desabastecidas.
Depois vem a região Nordeste, com 121 mil imóveis de 15 cidades sem água, seguida pela Metropolitana, onde há 99 mil imóveis com fornecimento do serviço interrompido, e pelo Vale dos Sinos, com 28 mil famílias afetadas.
Na Região Metropolitana, Sapucaia do Sul e Esteio são os municípios com maior número de ocorrências, atingidas principalmente por problemas graves na captação. No Vale dos Sinos, Parobé é a localidade mais afetada. Na região Nordeste, Gramado, Canela, Estrela, Taquari, Veranópolis, Encantado e Feliz têm impactos de maior proporção na tarde desta sexta-feira.
Já na região Central, Santa Cruz do Sul, Santa Maria, Rio Pardo, Sobradinho, São Pedro do Sul, Agudo, Boqueirão do Leão, Silveira Martins, Lagoa Bonita do Sul e Passa Sete estão com sistemas comprometidos, atingindo a totalidade dessas localidades. Além dos municípios com dificuldades de acesso: Agudo, Boqueirão do Leão, Nova Santa Rita, Triunfo, Charqueadas e Arroio dos Ratos.
Conforme boletim emitido pelo Centro de Operações Integradas (COI) da Corsan às 16h dessa sexta-feira (3), a Companhia enfrenta dificuldades para reparar estruturas do sistema de abastecimento de água em cidades drasticamente afetadas pelas cheias. Entre os principais complicadores estão o alagamento das estruturas operacionais da Corsan, devido ao escoamento da água das cheias das bacias mais altas para as regiões mais baixas; a falta de energia elétrica, que interrompe sistemas de captação, tratamento e distribuição em diversos municípios; a grande quantidade de vegetação e destroços nas redes de captação; e a dificuldade de acesso a algumas localidades tornando ainda mais complexa a realização de reparos, a entrega de 52 pipas e a instalação de 47 geradores.
Apesar desses obstáculos, o novo relatório marca uma diminuição em relação ao boletim emitido na quinta-feira (2) — eram 533 mil imóveis com desabastecimento, em 58 cidades do Estado.
Ação de mergulhadores
Em Bento Gonçalves, a Companhia ampliou o time de mergulhadores que atuam na desobstrução das redes de captação que estão submersas e bloqueadas por vegetação e destroços, impedindo o funcionamento dos sistemas.
Reforço das equipes
Equipes da Corsan foram reforçadas e atuam em regime emergencial para prestar o suporte necessário até que a situação seja normalizada. A empresa também se colocou à disposição das operadoras de energia para contribuir com o restabelecimento da normalidade dos serviços.
Medidas emergenciais
Sem energia elétrica, as bombas que impulsionam a água das estações de tratamento para residências e empresas não funcionam, causando o desabastecimento. Para garantir o funcionamento desses sistemas, a Corsan adota medidas emergenciais, quando possível, como a contratação de geradores para suprir a falta de energia elétrica e carros-pipa para o atendimento imediato à população.