Segunda-feira, 15 de dezembro de 2025
Por Redação O Sul | 12 de abril de 2018
A família do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso e condenado no caso do triplex do Guarujá (SP), chegou por volta das 10h desta quinta-feira (12) à sede da Superintendência da PF (Polícia Federal) em Curitiba. Filhos e pelo menos um neto de Lula visitam pela primeira vez o ex-presidente na cela preparada para ele no berço da Lava-Jato.
Faltavam alguns minutos para as 10h quando três carros chegaram pelo portão dos fundos da Superintendência da PF, que está sitiada por apoiadores desde sábado (7), quando Lula se entregou para início do cumprimento da pena de 12 anos e um mês de cadeia.
Em um dos carros, um Renault Duster branco, o filho mais velho, Fábio Luís Lula da Silva, também conhecido como Lulinha, chegou com os vidros abaixados. Ele desceu carregando uma mochila nas costas. Pelo menos outras três pessoas, incluindo netos de Lula, também estavam no carro. Um deles carregava um cobertor. Eles desceram na portaria dos fundos do prédio, acompanhados do advogado de defesa do ex-presidente Cristiano Zanin Martins.
Lula receberá a família na sala reservada a ele na cobertura do prédio da Polícia Federal, onde está isolado dos demais presos da carceragem.
Pesquisa
O instituto Vox Populi registrou uma pesquisa encomendada pelo PT, que será divulgada na próxima terça-feira, dia 17. Ela tem 52 perguntas, das quais um terço avalia a imagem, credibilidade, situação atual e potencial de transferência de votos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições 2018.
Num bloco de 17 perguntas, o entrevistado será questionado sobre se gosta ou não de Lula, se o considera honesto, se tem mais qualidades do que defeitos e se a vida melhorou ou piorou nos governos do PT. Em seguida, pergunta se soube da prisão do ex-presidente, questiona se ela foi justa ou não, se acha que ficou provado que ele era o dono do tríplex do Guarujá.
A pergunta 31 questiona se “Lula é tratado por Moro e outros juízes de maneira mais dura da que usam com políticos como Temer e Aécio Neves, ou com o mesmo rigor”. Em seguida, pergunta se quem tem que julgar Lula é “o povo, nas urnas” ou “Moro ou outros juízes”.
Depois, pede que o entrevistado avalie se Lula cometeu erros, mas “fez muito mais coisas certas pelo povo brasileiro e pelo Brasil” ou se “errou muito mais do que acertou”. Questiona também se Lula deve poder se candidatar. Os entrevistados são solicitados a avaliar se o processo contra Lula teve motivação política (“pois muita gente não gosta dele”) ou se foi “um processo normal, sem se misturar com a política”.
Duas perguntas avaliam a opinião dos entrevistados sobre a prisão de Lula. Eles são chamados a opinar se as condições da prisão de Lula são rígidas demais. Atualmente, Lula está preso numa cela especialmente preparada para ele e só pode receber visitas constantes de seus advogados. Familiares têm dia específico para visita. Por fim, no bloco sobre o ex-presidente questiona se o eleitor votaria ou não num candidato indicado por Lula, caso ele não seja candidato.
O nome de Lula consta de todos os cenários eleitorais propostos pela pesquisa. A única diferença é o candidato que representa o governo atual: num cenário, é Henrique Meirelles; no outro, é Temer. Nenhum deles é contrastado a Lula no segundo turno. Além de Geraldo Alckmin (PSDB), Marina Silva (Rede) e Ciro Gomes (PDT), a pesquisa avalia em todos os cenários as intenções de voto em Joaquim Barbosa (PSB), Guilherme Boulos (PSOL), Manuela D’Ávila (PC do B), Rodrigo Maia (DEM) e Álvaro Dias (Podemos). A pesquisa será aplicada a 2 mil entrevistados, em todos os Estados menos Amapá e Roraima, os menores do Brasil.