Por Redação O Sul | 11 de abril de 2017
O primeiro painel do segundo dia da 30° edição do Fórum da Liberdade, realizado hoje (11/4), no Centro de Eventos da PUCRS, contou com a presença do vereador de Porto Alegre Felipe Camozzato; da diretora Geral da Ticket Benefícios e Grupo Edenred, Marília Rocca; e do vice-presidente de Programas Internacionais da Atlas Network, diretor do Centro para Promoção de Direitos Humanos e diretor da Cato University, Tom Palmer. O tema que permeou o debate foi “Empreender, Criar e Inovar”.
Felipe Camozzato afirmou que o futuro do país está nas mãos de seus empreendedores. O vereador apontou que as pessoas que decidem ir pelo caminho de abrir seu próprio negócio enfrentam diversas dificuldades burocráticas, que muitas vezes resultam na desistência da ideia. “O papel do governo e dos políticos em geral é derrubar os muros que dificultam a vida de quem quer iniciar sua empresa. Precisamos nos colocar no lugar dos empreendedores e abrir caminhos”, declarou. Camozzato enfatizou que o empreendedorismo ocasiona a criação de novos produtos e modelos de negócios, assim como a maior oferta dos mesmos, o que proporciona um ganho econômico e moderação nos gastos dos consumidores. “Empreenda novas soluções. Mesmo com a burocracia, assuma o risco. A direção que temos que seguir não é dividir riquezas e, sim, criá-las”, encorajou. “Quem transforma as coisas são os empreendedores. Eles são o futuro do país”, completou Felipe.
Já Marília Rocca defende que empreender não é só abrir uma empresa – as pessoas podem e devem ter atitudes empreendedoras em qualquer situação. “Podemos nos descobrir empreendedores na medida em que é melhor pra nós, na situação em que vivemos. Não tem receita nem certo ou errado. Empreender é uma atitude perante a vida”, declara a empresária. Ela defendeu a ideia do empreendedorismo corporativo, uma maneira de ter atitudes inovadoras dentro de sua própria empresa. “Empreender é, acima de tudo, uma maneira de pensar. As organizações precisam de pessoas com esse pensamento”, explicou. Segundo Rocca, o empreendedorismo corporativo se passa por propor novas formas de negócio em cima de modelos já existentes. “Temos alguns exemplos, como a Netflix, que propôs algo diferente num mercado onde já havia a Blockbuster; ou mesmo a Uber que chegou onde já existiam os táxis”, disse. “Porém, é arriscado, pois as empresas não estão acostumadas com modelos diferenciados e acabam tendo receio”, completa a palestrante. Sobre o papel da política neste cenário, Marília acredita que os governantes devem estudar as especificidades de suas cidades e Estados, e mais importante do que isso, ouvir os empreendedores. “É papel dos políticos apoiar a criação, sustentação e desenvolvimento de novos negócios, assim como nossa legislação não pode ficar estagnada e acompanhar as mudanças no mercado de trabalho”, afirmou.
Segundo Tom Palmer, o objetivo do trabalho é gerar valor, não só manter as pessoas ocupadas. “O crescimento econômico passa por mais geração de valor. Esse é o caminho para o fim da pobreza e para que a população viva da melhor forma”, afirmou. Palmer defende que o Brasil deve trabalhar para que fique mais fácil empreender. “As políticas devem ser baseadas não na questão emocional e, sim, em raciocínios”, disse. O palestrante apontou um caminho para a melhoria do cenário do mercado de trabalho: a inovação. Segundo ele, inovar é apresentar melhorias. Assim como Marília Rocca, ele também acredita que o empreendedorismo pode acontecer dentro das organizações. “Cada funcionário pode ser empreendedor em sua empresa, propondo novas soluções e formas de realizar processos”, explica. Tom finalizou sua palestra fazendo um pedido: “Tornem o Brasil grande de novo, pois o mundo vai precisar de vocês fortalecidos”, salientou.
O Fórum da Liberdade acontece ainda durante a tarde desta terça-feira, 11 de abril, no Centro de Eventos da PUCRS.
