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Ciência Fenômeno espacial misterioso é observado pela primeira vez

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Astrônomos conseguiram ver uma estrela de nêutrons. (Foto: Reprodução)

Cientistas da Austrália conseguiram observar pela primeira vez um fenômeno que há muito tempo desperta curiosidade no meio astronômico: eles assistiram a um processo completo de uma estrela de nêutrons absorvendo material e depois liberando rajadas potentes de raios X.

O estudo foi feito por um grupo de 15 cientistas australianos de cinco institutos diferentes, usando dados de sete observatórios diferentes. “Essas observações nos permitem estudar a estrutura do disco de acreção e determinar quão fácil e rapidamente o material pode se mover para as entranhas da estrela de nêutrons”, explicou Adelle Goodwn, que comandou a pesquisa.

O “disco de acreção” é uma estrutura de materiais difusos que orbitam ao redor de um corpo celeste, que pode ser uma estrela jovem, uma proto-estrela, um buraco negro ou, no caso do estudo australiano, uma estrela de nêutrons.

Mais potência que o Sol

Até agora, pesquisadores acreditavam que as estrelas de nêutrons passavam dois ou três dias absorvendo material antes de soltar a rajada de raios X. As observações, no entanto, mostram que esse período inicial é consideravelmente mais longo, podendo chegar a 12 dias.

“Ao usar múltiplos telescópios sensíveis a luz em diferentes energias, conseguimos concluir que a atividade inicial ocorreu próximo à estrela companheira, nos extremos do disco de acreção, e demorou 12 dias para o disco chegar ao estado quente e para o material ser absorvido pela estrela de nêutrons, e os raios X começarem a ser produzidos”, explicou a cientista.

A explosão de raios X, segundo o estudo, durou semanas. Os pesquisadores ainda concluíram que a energia liberada da estrela no período foi equivalente ao que o nosso Sol solta em uma década – ou seja, uma potência consideravelmente superior.

Com as novas informações, astrônomos acreditam ser capazes de estudar mais a fundo e compreender melhor as estrelas de nêutrons e, mais do que isso, o nosso universo.

Estrelas de nêutrons

Caracterizadas como um dos possíveis estágios finais da evolução estrelar, as estrelas de nêutrons são corpos celestes que se formam através da explosão termonuclear de estrelas com massa oito vezes superiores a do Sol.

Esse fenômeno é consequência da fusão nuclear, onde ocorre o consumo de todo o hidrogênio e o hélio passa por um longo processo de transformação (milhões de anos), até chegar ao ferro. Com isso, o núcleo fica tão denso que não consegue suportar o próprio peso, e libera uma enorme quantidade de energia, que provoca a “destruição” da estrela.

Essa explosão promove a junção de prótons e elétrons, formando corpos celestes extremamente compactos e densos, não havendo mais a presença de átomos, e sim um grande aglomerado de nêutrons, ou seja, as estrelas de nêutrons.

As principais características das estrelas de nêutrons são: núcleo grande e formado principalmente por nêutrons, muito massiva (matéria sólida), alta gravidade, baixíssima radiação, período de rotação extremamente rápido, alta densidade, campo magnético muito forte, etc.

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