Domingo, 11 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 7 de maio de 2017
O lançamento do novo filme da Mulher-Maravilha, que chega aos cinemas mês que vem, inspirou a Ela Revista a convidar a apresentadora Fernanda Lima para estampar a capa de sua primeira edição. Linda, bem-sucedida, mãe de gêmeos fofos, casada com um dos homens mais desejados do país e feminista engajada, não poderia ela representar a nossa Mulher-Maravilha?
Diante dos corpetes, maiôs estrelados, botas e braceletes garimpados pela produção de moda, empresário, fotógrafo, repórter, stylist e apresentadora debatem sobre os caminhos deste ensaio. Fala-se de representatividade, conquistas femininas, cultura brasileira… E chega-se à conclusão de que iremos desconstruir um estereótipo. Os cliques começam com Fernanda metida num macacão preto fechado com zíperes dourados dos pés ao pescoço. Aos poucos, ela vai se despindo de todas as armas e amarras, terminando livre para ser, simplesmente, uma mulher — só de bracelete.
Fernanda Lima trata a nudez com naturalidade (Foto: Reprodução)
“Brasileiro é assim, Claudio: fala, fala, e acaba pelado”, Fernanda brinca com o fotógrafo italiano. Brincadeiras à parte, a apresentadora encara a nudez com muita naturalidade: “Meus filhos reclamam que quando faço prova de roupa fico pelada na frente de todo mundo. Explico que é só um corpo, um peito. Não quero que essas questões virem tabu para eles”. Sobre as mulheres-maravilha, ela aponta quem são as suas. “É aquela que acorda às quatro da manhã, faz café, prepara quentinha para o marido, pega o ônibus, demora três horas para chegar ao trabalho, rala, volta para casa, faz o jantar e dorme no máximo cinco horas por noite. Qualquer outra não é Mulher-Maravilha. Então, não me considero como tal”, diz a apresentadora.
— O Rodrigo vem de uma cidade do interior de Santa Catarina (Orleans), então dá muito valor à família — conta a gaúcha radicada no Rio (os gêmeos são cariocas). — Rodrigo é um ferreiro de origem humilde, que ralou muito e sabe fazer as coisas por necessidade. Exalto todas as virtudes dele, que às vezes vêm com marcas difíceis, mas que hoje servem inclusive profissionalmente para ele, que virou um cozinheiro na TV.
Fernanda Lima posa numa versão moderna da Mulher-maravilha. (Foto: Reprodução)
A apresentadora está cada vez mais engajada na luta pela igualdade de gênero. “Acho que sempre fui feminista. Saí de casa com 14 anos e fui para o mundo, São Paulo, Japão, Milão, Suíça. Tive que me dar ao respeito, colocar limites. Com abusos e assédios morais lidamos toda a vida, então temos que estar realmente preparadas.”
Mês que vem, Fernanda faz 40 anos. Ela mantém o corpo escultural praticando ioga, jogando vôlei na praia e, nos últimos meses, fazendo uma série de levantamento de peso. “Sempre fui muito moleca, então ainda não consigo me ver como uma senhora”, conclui.