Sexta-feira, 30 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 29 de maio de 2025
A apresentadora confessou que foi devido ao luto da perda gestacional que ela teve a certeza de que desejava ser mãe
Foto: Instagram/fepaeslemeFernanda Paes Leme, de 41 anos de idade, relembrou do aborto espontâneo vivido antes de engravidar da primeira filha, Pilar, da antiga relação com Victor Sampaio. A apresentadora confessou que foi devido ao luto da perda gestacional que ela teve a certeza de que desejava ser mãe, por ter sofrido muito na ocasião.
A atriz contou para Isa Scherer e Mariana Rios, em apresentação do podcast Grande Surto, que tudo aconteceu quando deixou de usar o DIU de cobre (Dispositivo Intrauterino) como método contraceptivo. Ela estava com muitas cólicas e o ciclo menstrual demorava mais, o que motivou a decisão, apoiada pelo marido, mas não menstruou no mês seguinte.
“Estava em Salvador (BA), relaxando na casa de um amigo meu, meu irmão estava indo me encontrar, falei: ‘Alê, passa na farmácia, compra um teste’. Fiz o teste e deu positivo. Fiquei muito nervosa, não sabia se ficava feliz, fiquei muito assustada também”, relatou.
Fernanda contou para o, até então, marido, e teve um sangramento cerca de quatro dias depois, o que indicou o interrompimento da gravidez. “Se não tivesse feito o teste, não ia nem saber. Isso acontece com muitas mulheres, que nem sabiam que estavam grávidas. Deu positivo, estava grávida e esse luto, essa perda, me tomou por inteira”, declarou.
“Aí, um dia, alguém falou: ‘Magina, isso é supernormal’. Eu falei que normal não é, pode ser comum, mas a gente não pode colocar como normal. E as expectativas que a gente colocou em um, dois, três dias, pode ser três horas ou em meia hora, a gente tem quando aquele positivo aparece, tanto boas, quanto ruins. A gente não tem como mensurar”, completou.
Foi então que a artista assimilou a vontade genuína da maternidade e passou a iniciar o processo de tentante. “Me dei conta, naquele momento, que eu queria ser mãe de verdade, porque, até então, eu me desviava, não tinha certeza. Aí começou a tentativa, cheia dessa expectativa, frustração, luto, do congelamento que não tem óvulo suficiente, porque já tinha 38 para 39 anos”, contou.
Fernanda achava que tinha folículo suficiente, fundamental para a produção de óvulos, porque o exame dos 35 anos havia apontado um grande número, mas tudo mudou 4 anos depois. “Fiz três ciclos de congelamento, um ano muito dolorido para mim. Não continuei tentando engravidar, poque descobri que meu endométrio era fino igual a uma unha. Não aumentava nos períodos de ovulação. Poderia ficar tentando, mas, provavelmente, iria perder todas as vezes que desse certo. Eliminei essa possibilidade, porque não tinha cabeça”, afirmou.
Ela cogitou ir para fora do Brasil para conseguir engravidar naturalmente. “Fiquei tentando aumentar o endométrio, fazer todo tratamento com congelamento. Quase fui para a Espanha, se não começasse a aumentar o endométrio para engravidar de forma natural, eu poderia fazer outro tipo de tratamento fora do país em lugares que aqui não está librado alguns tratamentos experimentais em relação a isso”, detalhou.
A atriz resolveu que, quando a situação do endométrio melhorasse, iria fazer uma Fertilização in Vitro (FIV), mas precisou tratar uma endometrite, esperar menstruar para ver o exame, que indicou que não havia curado. Então, aumentou o antibiótico e precisava esperar a segunda menstruação no tratamento. “Não veio e era a Pilar. O vídeo, eu descobrindo [gravidez], muito triste, muito nervosa, muito assustada. Eu e o Victor ficamos três meses sem contar para ninguém”, declarou.
Antes dos três meses, Fernanda contou apenas para o pai da criança, para a psicóloga e no centro espírita onde havia iniciado um tratamento espiritual, que também envolvia o processo de querer engravidar.