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Por Redação O Sul | 14 de janeiro de 2016
O lobista Fernando Soares, conhecido como Baiano, e o pecuarista José Carlos Bumlai participaram de uma acareação na Polícia Federal, em Curitiba (PR), na quinta-feira. Ambos mantiveram suas versões para esclarecer o suposto repasse de 2 milhões de reais para a campanha da presidenta Dilma Rousseff, em uma suposta reunião. Foi a primeira vez que os dois investigados ficaram frente a frente.
Baiano e Bumlai foram presos pela Operação Lava-Jato, que investiga em esquema bilionário de desvio de dinheiro na Petrobras. O objetivo da acareação foi esclarecer a suspeita de que o ex-ministro da Casa Civil Antônio Palocci teria pedido os valores para a campanha da petista em 2010.
Bumlai negou ter promovido uma aproximação entre Palocci e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, que supostamente entregou o dinheiro na reunião. O lobista, no entanto, disse que foi o pecuarista quem fez a intermediação. O advogado de Baiano, Sérgio Riera, afirmou que existiu a reunião, mas disse não saber se houve um pagamento, pois não teria sido feito pelo lobista.
Já o defensor de Bumlai, Conrado de Almeida Prado, disse que houve pequenas alterações nos depoimentos e negou que o pecuarista tenha alguma participação na reunião investigada.