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Por Redação O Sul | 3 de junho de 2016
O ex-presidente da Fifa Joseph Blatter e dois de seus colaboradores mais próximos, Jérôme Valcke e Markus Kattner, dividiram 80 milhões de dólares (aproximadamente 284 milhões de reais) “em um esforço coordenado de enriquecimento pessoal” através de contratos e compensações, ao longo dos últimos cinco anos, informou nesta sexta-feira (03) a própria Fifa, que realizou uma investigação interna.
A entidade compartilhou essa informação com a Procuradoria-Geral da Suíça e também vai informar o Departamento de Justiça dos EUA. “Alguns contratos contêm dispositivos que parecem violar o direito suíço”, afirmou a Fifa sobre o sistema de cláusulas e bonificações de seus três ex-dirigentes. Na quinta-feira (02), autoridades suíças realizaram novas buscas na sede da Fifa e apreenderam documentos e dados eletrônicos em mais uma parte da operação contra o escândalo de corrupção que gira em torno da entidade.
“Como parte das investigações criminais em andamento no caso Fifa, o escritório do procurador-geral da Suíça realizou uma busca na sede da Fifa em 2 de junho de 2016 com o objetivo de confirmar descobertas já existentes e obter mais informações”, informou a Procuradoria em comunicado.
Uma porta-voz da Procuradoria disse que o presidente da Fifa, Gianni Infantino, não está entre os investigados. Infantino foi eleito presidente da entidade em fevereiro deste ano – nove meses após o maior escândalo de corrupção da história do futebol mundial.
Em maio de 2015, a polícia suíça, a pedido das autoridades dos EUA, realizou uma operação surpresa para deter seis dirigentes da Fifa investigados por corrupção. Entre eles, está o ex-presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) José Maria Marin, que atualmente cumpre prisão domiciliar nos EUA.