Sexta-feira, 02 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 6 de junho de 2015
Em meio aos escândalos recentes, a Fifa (entidade máxima do futebol) contratou um ex-procurador de Nova York (Estados Unidos) para representar a entidade diante das denúncias de corrupção. O profissional é William Burck, que tem um extenso currículo na Justiça norte-americana. A informação foi divulgada pela agência de notícias Reuters.
No dia 27 de maio, autoridades dos EUA anunciaram o indiciamento de nove oficiais da Fifa e de cinco ex-executivos por corrupção. A Fifa, como organização, não foi acusada de delitos. Mas a entidade confirmou que o escritório Quinn Emanuel Urquhart & Sullivan, onde Burck trabalha, lhe presta serviços.
Burck foi advogado assistente nos Estados Unidos no começo de sua carreira. Participou de investigações importantes no país e também foi conselheiro na Casa Branca durante o governo do presidente George W. Bush (2001-2009).
Sete dirigentes da Fifa, entre eles o ex-presidente da CBF José Maria Marín, foram presos em Zurique pela polícia suíça a pedido da Justiça norte-americana por causa de uma série de acusações de corrupção. Ao mesmo tempo, o judiciário do país europeu teve como objetivo questionar dez dirigentes da entidade sobre suspeitas na escolha das sedes das Copas do Mundo de 2018, na Rússia, e de 2022, no Qatar.
O Departamento de Justiça dos EUA acusa duas gerações de dirigentes de futebol de embolsarem mais de 150 milhões de dólares (quase 470 milhões de reais) em subornos e comissões desde 1991. Os termos utilizados pelo departamento foram fortes: corrupção desenfreada, sistemática e generalizada na Fifa e em diversos contratos da Concacaf (Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe) e da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol).
Despedida
Na terça-feira (2), Joseph Blatter anunciou que deixará o cargo de presidente da Fifa (apenas quatro dias depois de ter sido reeleito para um quinto mandato). Em seu discurso de despedida, o suíço declarou que continuará na presidência até a realização de novas eleições e que uma das mudanças propostas será o limite de tempo para os mandatos do presidente e dos membros do Comitê Executivo da entidade. Um congresso extraordinário será convocado entre dezembro e março para o novo pleito. (AG)