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Esporte A Fifa sofre com a debandada de seus patrocinadores e vê sua marca manchada pelos escândalos de corrupção

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A mascote Zabivaka e outros participantes tiram selfie durante ensaio do sorteio da Copa-2018. (Foto: Reprodução)

A Fifa, organização que comanda o futebol mundial, costuma desfrutar de imensas fontes de faturamento – da ordem de centenas de milhões de dólares – com os contratos de patrocínio vinculados ao evento esportivo mais assistido do planeta, a Copa do Mundo. Mas menos de um ano antes da próxima edição do torneio, a organização vem encontrando problemas para encontrar empresas dispostas a fazer parcerias.

O futebol é mais popular do que nunca. O que mudou, agora, é a reputação da Fifa.

Os 32 participantes da Copa do Mundo da Rússia em 2018 já estão definidos, mas a lista de patrocinadores do evento continua perceptivelmente curta – um reflexo de até que ponto os danos que a reputação que a Fifa sofreu com uma crise de corrupção muito divulgada, que estourou em 2015, continuam a prejudicar suas posição financeira. O sorteio dos grupos para a Copa acontece sexta-feira (1º) no Kremlin, e um julgamento em um tribunal de Nova York continua a abalar a reputação da Fifa, que pode se ver diante de um significativo deficit financeiro.

Seis meses antes do sorteio dos grupos para a Copa do Mundo de 2014, no Brasil, a Fifa declarou que já havia vendido todas as cotas de seu programa de patrocínio – a segunda fonte de receita mais importante da organização, atrás apenas dos direitos de transmissão de TV. Este ano, embora a Fifa tenha encontrado patrocinadores na China, Qatar e Rússia como patrocinadores de primeiro nível, apenas um dos 20 lugares disponíveis para patrocinadores regionais do torneio foi preenchido.

De fato, é preciso recuar a 2011 para encontrar o último parceiro novo sediado na Europa e nos Estados Unidos – um contrato para um só torneio assinado pela Johnson & Johnson. E, desde que Gianni Infantino chegou ao poder na organização depois da crise de corrupção, em 2016, a Fifa só conseguiu contratos de primeira linha com empresas de países já escolhidos para sediar copas do mundo (Rússia e Qatar), e com empresas da China, que espera fazê-lo no futuro.

A distribuição geográfica dos patrocinadores revela muito, de acordo com Patrick Nally, executivo de patrocínios esportivos que ajudou a criar o primeiro programa de marketing internacional da Fifa, quatro décadas atrás.

“Não surpreende que a marca Fifa fosse, e continue sendo, vista como tóxica”, disse Nally. “A menos que você seja da China ou de algum lugar parecido, onde o fato de que a Fifa é tema de um julgamento em Nova York por corrupção não importa, não haverá uma grande empresa que considere seguro se envolver com a Fifa.”

A Fifa não respondeu a questões sobre seu programa de patrocínio. O vicepresidente comercial da organização, Philippe Le Floc’h, antigo colega de Infantino quando este dirigia a Uefa, a organização que comanda o futebol europeu, não foi autorizado a discutir questões de patrocínio com jornalistas desde que assumiu o posto, em 2016.

A verdade, disse Nally, é que a associação entre a Fifa e comportamento corrupto é tão profunda no momento que ele sugeriu que a federação deveria considerar uma mudança de nome.

“Por que não?”, disse Nally. “Eles precisam encontrar pensadores que repaginem a coisa toda. Há bagagem demais a carregar. A massa de informações sobre corrupção é imensa, não importa onde você olhe. A palavra Fifa tem a pior imagem do mundo. Se você estiver tentando vender a marca Fifa, aquelas quatro letras significam corrupção total, o que não é nem um pouco atraente.”

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https://www.osul.com.br/fifa-sofre-com-debandada-de-seus-patrocinadores-e-ve-sua-marca-manchada-pelos-escandalos-de-corrupcao/ A Fifa sofre com a debandada de seus patrocinadores e vê sua marca manchada pelos escândalos de corrupção 2017-11-29
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