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Brasil Filho de Bolsonaro confirmou que a embaixada brasileira em Israel será transferida de Tel Aviv para Jerusalém

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Deputado Eduardo Bolsonaro deve ser indicado pelo pai para ser embaixador nos EUA. (Foto: Agência Brasil)

O deputado reeleito Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho de Jair Bolsonaro, confirmou que a embaixada brasileira em Israel será transferida de Tel Aviv para Jerusalém. A medida, motivo de polêmicas antes e depois da eleição presidencial, contraria resoluções da ONU (Organização das Nações Unidas) segundo as quais o status final da cidade deve ser decidido em negociações com os palestinos.

“A questão não é perguntar se vai, a questão é perguntar quando será”, respondeu Eduardo ao ser questionado sobre o assunto por repórteres, nessa terça-feira, durante visita a Washington, capital dos Estados Unidos. Ele se encontrou pela manhã com Jared Kushner, conselheiro-sênior da Casa Branca e genro do presidente norte-americano Donald Trump. O assunto foi tratado na reunião.

Os Estados Unidos mudaram sua embaixada para Jerusalém em maio deste ano, em uma decisão que despertou críticas internacionais e que, até agora, só havia sido seguida pelo governo da Guatemala. Os demais países com representação diplomática em Israel mantêm suas missões em Tel Aviv.

Eduardo Bolsonaro minimizou, porém, a possibilidade de retaliação por parte de países árabes. “As empresas vão precisar se adaptar”, declarou, usando o presente que recebeu de dois brasileiros em um evento sobre economia: um boné com o nome de Donald Trump e o lema “Faça a América grande de novo”.

Os países árabes estão entre os maiores clientes do agronegócio brasileiro. Até setembro deste ano, o Brasil exportou US$ 13,4 bilhões para o bloco, com um superávit de US$ 2,98 bilhões. Ao comentar as possíveis consequências da transferência da embaixada, o deputado também mencionou a disputa entre o Irã, país persa de maioria xiita, e países árabes em que a maioria da população pertence à vertente sunita do Islã, em especial a Arábia Saudita, forte aliada de Washington:

“Todo mundo conhece Jair Bolsonaro, ele falou bastante isso na campanha e se isso pode interferir alguma coisa no comércio, a gente tem que ter alguma maneira de tentar suprir caso venha a ocorrer esse tipo de retaliação”, argumentou. “Eu acredito que a política no Oriente Médio já mudou bastante também. A maioria ali é sunita e eles veem com grande perigo o Irã. Quem sabe apoiando políticas para frear o Irã, que quer dominar aquela região, a gente não consiga um apoio desses países árabes?”.

Na declaração sobre o Irã, Eduardo Bolsonaro mais uma vez seguiu a linha atualmente preconizada pela Casa Branca, que busca isolar o país persa, em uma política que tem apoio dos sauditas e israelenses. Em maio passado, Washington deixou o acordo nuclear com o Teerã assinado em 2015 pelo então presidente norte-americano Barack Obama, apesar das críticas dos outros signatários (França, Alemanha, Reino Unido, Rússia e China). Com isso, retomou as sanções econômicas ao país.

O parlamentar, que representa o futuro governo de seu pai em uma série de reuniões com autoridades dos Estados Unidos, também negou que tenham ocorrido problemas com o Egito, que no início deste mês cancelou uma visita oficial que o atual chanceler, Aloysio Nunes, faria ao país. Um grupo de empresários brasileiros já estava lá para um fórum de investimentos, que acabou postergado.

A informação divulgada oficialmente foi de que o cancelamento se deveu a problemas de agenda das autoridades egípcias, mas fontes árabes confirmaram que ele foi uma represália às declarações de Bolsonaro sobre a transferência da embaixada para Jerusalém. O setor oriental (árabe) da cidade, ocupado pelos israelenses na Guerra dos Seis, em 1967, é reivindicado pelos palestinos como capital de um futuro Estado independente.

“Quem não foi para o Egito foi só o chanceler Aloysio Nunes”, disse Eduardo Bolsonaro. “O corpo empresarial que estava previsto para ir ao Egito foi, a pedido das autoridades de lá. Então eu não vejo crise, tanto que não cancelaram o evento, apenas adiaram a ida do chanceler brasileiro para o próximo ano, já que ele está de saída. Ernesto Araújo, que será o próximo chanceler, provavelmente irá ao Egito e fará bons negócios.”

Venezuela

O deputado ainda afirmou ter discutido a situação humanitária da Venezuela com Jared Kushner e que ambos os governos veem a necessidade de uma integração maior. Ele afirmou que a região precisa atuar em conjunto para ajudar os venezuelanos:

“A questão da fome, da falta de medicina, de um governo que por vezes não aceita receber ajuda humanitária, e é isso que a gente tem que mudar. Tem que pensar no próximo como se fosse conosco. Quem sabe amanhã, o Brasil, em algumas décadas, estará em uma situação ruim e nossos vizinhos virando as costas para nós?”.

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