Quinta-feira, 15 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 4 de outubro de 2018
O deputado estadual e candidato ao Senado Flávio Bolsonaro (PSL) defendeu, nesta quinta-feira (4), os correligionários que destruíram uma placa que homenageava a vereadora do PSOL, Marielle Franco, assassinada a tiros há pouco mais de seis meses. Segundo ele, os candidatos Daniel Silveira (a deputado federal) e Rodrigo Amorim (a deputado estadual) “nada mais fizeram do que restaurar a ordem”.
Os dois fizeram em pedaços a homenagem que tinha sido colocada pelo partido da vereadora para “rebatizar” com o nome dela a Praça Floriano, no Rio, também conhecida como Cinelândia. Além disso, divulgaram imagens da destruição no Facebook. Flávio Bolsonaro classificou ainda a ação de “posicionamento ideológico”.
“Eles restauraram a ordem na placa que era de homenagem ao Marechal Floriano. O PSOL acha que está acima da lei e pode mudar nome de rua na marra. Eles só tiraram a placa que estava lá ilegalmente. Se o PSOL quer homenagear a Marielle, apresente projeto de lei, proposta na prefeitura, para botar a placa, mas não pode cometer um ato ilegal como esse”, disse o parlamentar. Ele se posiciona como de direita – o PSOL se apresenta como esquerda.
Questionado sobre se rasgar a placa era desrespeito a memória da vereadora, ele disse que “foi um desrespeito com a Praça Floriano (nome original do logradouro que foi alterado)”. No local, fica a Câmara Municipal, onde Marielle exercia seu mandato.
O presidenciável Jair Bolsonaro nunca se posicionou sobre o assassinato da vereadora. Ela foi morta com uma rajada de metralhadora na cabeça, em 14 de março. Até hoje, a Polícia não esclareceu o crime. Uma das hipóteses de autoria aponta para milicianos – policiais que exercem domínio armado sobre áreas carentes, onde exploram negócios ilegais e cometem extorsões.
Comandante
Bolsonaro disse na manhã desta quinta-feira que não admitirá a volta da CPMF. Em entrevista à Rádio Jornal de Recife (PE) , ele também prometeu manter direitos sociais e enfatizou que quem dará as cartas em seu governo, caso eleito, será ele mesmo. “Temos ministro. Mas acima dele tem o comandante, que é Jair Bolsonaro”, disse o candidato, que é capitão do Exército e deputado federal.
“O presidente serei eu. Tratei esse assunto com ele. Ele disse que foi um ato falho. Não admitiremos a volta da CPMF. Não existirá a CPMF e será mantido todos os direitos”.
Declarações de integrantes da equipe de Bolsonaro na área econômica – e em outras – vêm causando polêmica e desagradando o próprio presidenciável. Há algumas semanas, Paulo Guedes desmarcou agendas e sumiu de compromissos públicos desde que sugeriu, entre outras coisas, a volta de um imposto nos moldes da CPMF. Para Bolsonaro, Guedes teve suas declarações distorcidas pela mídia, mas, mesmo assim, determinou ao economista discrição e silêncio nessa reta final da corrida presidencial.