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Fim da orfandade

Faltando cinco dias para o 1º da eleição presidencial de 1989, Silvio Santos foi impedido de concorrer. (Foto: Reprodução)

Com Lula preso, a oposição ficou sem liderança e se perdeu no labirinto. Não surgiu uma voz forte que se contrapusesse durante a campanha e após a eleição do presidente Jair Bolsonaro.

Ontem pela manhã, a direção nacional do PT pediu que sua primeira manifestação, fora da cadeia, fosse moderada para não estourar todos os foguetes de uma vez só. Atendeu parcialmente.

De estado em estado

A partir de hoje, Lula e o PT começam a definir o roteiro de viagens pelo país. As eleições municipais tornam-se o primeiro teste. Depois, virá a batalha final com a sucessão presidencial, ainda que ele seja inelegível.

Só no empurrão

A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados acordou. Ontem, anunciou que retomará, segunda-feira, a análise da admissibilidade das propostas de emenda à Constituição Federal, que buscam viabilizar a execução da condenação após decisão judicial em segunda instância.

Pega carona

Eduardo Azeredo, ex-governador de Minas Gerais, também deixou a prisão ontem. Sobre o tucano, ao longo de anos, caíram todas as flechas do PT que o acusava de ser o precursor entre os praticantes do mensalão no país.

Afrouxamento

Há um ano, ao aceitar a condução do Ministério da Justiça, Sérgio Moro disse o que a maioria da população esperava: “Aplicaremos o endurecimento das regras para que o sistema prisional deixe de ser leniente com pessoas que praticaram crimes graves.”

A decisão do Supremo Tribunal Federal, quinta-feira, entrou na contramão.

Está pedindo demais

O presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, assina nota cobrando postura do PT: “Será preciso apresentação de soluções para a crise que eles próprios criaram.”

Espécie de golpe

Empresários estrangeiros que pretendem se estabelecer no Brasil costumam concluir: o emprego é caro. Devido aos encargos incorporados à folha, o salário dobra. Ficam mais abismados quando tomam conhecimento do retorno quase nulo para os funcionários.

Como sempre

Na primeira semana de novembro de 2000, foram a Brasília 500 prefeitos em nome de 4 mil. Estavam todos sujeitos à pena de prisão, porque transfeririam para o exercício seguinte o pagamento de obrigações contraídas no derradeiro ano de mandato. Tinham, portanto, atropelado as Leis de Responsabilidade Fiscal e de Crimes Fiscais. Choraram, espernearam e ganharam anistia dos generosos corações de Brasília. Afinal, o dinheiro não era deles…

Em outros tempos

Impunidade era a recompensa habitual para crimes de poderosos.

Mais um round

Após as altercações entre Jair Bolsonaro e Alberto Fernández, o jornal Clarin, de Buenos Aires, publica com preocupação: “O governo brasileiro formalizou a decisão de autorizar a importação sem tarifas de 750 mil toneladas de trigo por ano, de qualquer origem, o que afetará a Argentina.”

Ficou fora

O Tribunal Superior Eleitoral decidiu, a 9 de novembro de 1989, afastar Silvio Santos da disputa pela Presidência da República. Baseou-se em dois motivos: 1º) era inelegível por ter concessão de uma rede de TV; 2º) o Partido Municipalista Brasileiro, ao qual se filiou, foi considerado inexiste por não cumprir normas legais de registro.

A eleição em 1º turno ocorreu sete dias depois.

Há 130 anos

A 9 de novembro de 1889, ocorreu o baile da Ilha Fiscal, no Rio de Janeiro, último grande acontecimento social do Império. Participaram 4 mil convidados que consumiram, segundo relatório da Casa Real, 18 pavões, 64 faisões, 500 perus e 800 quilos de camarões. Os 150 garçons serviram 10 mil litros de cerveja e 280 caixas de champanhes e vinhos.

Seis dias depois, Dom Pedro II foi destituído e proclamada a República.

Invisível

Nação que não quer ser inquilina do Edifício Balança mas não Cai adota o princípio: a solidez se mede pela firmeza dos seus alicerces.

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