Sexta-feira, 24 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 23 de outubro de 2025
O projeto permite acompanhar e registrar o histórico, a localização e a trajetória de cada bovino.
Foto: Fernando Dias/Ascom SeapiO projeto de rastreabilidade individual de bovinos no Rio Grande do Sul deu mais um passo importante nesta quinta-feira (23), em Bagé, na Região da Campanha.
O governo do Estado, por meio da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Pecuária Sul formalizaram um acordo de cooperação técnica para avançar e qualificar a implementação do sistema de rastreabilidade bovina no Estado.
O plano de trabalho, com duração de 36 meses, prevê a integração entre as instituições para o desenvolvimento e a validação de tecnologias voltadas à qualificação e ao aprimoramento da rastreabilidade animal. O projeto permite acompanhar e registrar o histórico, a localização e a trajetória de cada bovino.
Pelo acordo, a Embrapa será responsável pela disponibilização dos animais para identificação, pelos registros nos sistemas utilizados e pela proposição de melhorias nos processos. Já a Seapi ficará encarregada pelo fornecimento dos identificadores eletrônicos (brincos ou chips) e pela disponibilização do sistema de registro de dados.
A rastreabilidade garante maior controle sanitário, transparência na cadeia produtiva e ampliação do acesso a mercados internacionais. Com a identificação eletrônica individual, é possível rastrear com precisão a origem, as movimentações e o destino dos bovinos, fortalecendo a credibilidade da pecuária gaúcha.
O ato de assinatura ocorreu durante o Dia de Campo da Embrapa Pecuária Sul e contou com a presença do secretário-adjunto da Seapi, Márcio Madalena, do chefe-geral da Embrapa Pecuária Sul, Fernando Flores Cardoso, e da diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA/Seapi), Rosane Collares, além de outras autoridades e lideranças nacionais e regionais.
Nesta etapa do projeto, 307 animais já estão rastreados na região da Campanha. A programação do evento incluiu visita a quatro estações técnicas em Bagé e reuniu mais de mil participantes.
Madalena afirmou que o Rio Grande do Sul está liderando um projeto-piloto de rastreabilidade na pecuária, demonstrando o protagonismo do Estado no cenário nacional. A iniciativa busca acelerar a implementação do sistema no Estado e validar novas tecnologias, com a participação de produtores e o apoio técnico de instituições parceiras.
“Vivemos em um mundo dinâmico, onde a tecnologia avança rapidamente. O uso de brincos com chip já é uma realidade, e outras inovações surgem constantemente. O Rio Grande do Sul está inserido nesse contexto e aspira ser protagonista no desenvolvimento dessa discussão”, destaca Madalena.
Em 2024, o Estado iniciou a identificação individual de bovinos em uma propriedade experimental da Seapi, na região da Campanha, em Hulha Negra. Nessa etapa inicial, 395 animais foram rastreados, e novas tecnologias — como a biometria nasal — começaram a ser testadas. A identificação única é registrada por meio de brinco ou bóton eletrônico, permitindo o acompanhamento de todo o ciclo produtivo do animal.
As informações sobre raça, idade, vacinação e movimentações são armazenadas em uma base de dados oficial, garantindo controle sanitário, rastreabilidade e segurança na produção.
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