Segunda-feira, 29 de setembro de 2025
Por Redação O Sul | 29 de setembro de 2025
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) tem conversado com políticos do Centrão nos últimos dias pedindo votos para o projeto de redução de penas dos condenados pelos atos do 8 de Janeiro. Em uma dessas conversas pelo menos, tratou o irmão Eduardo, que está nos Estados Unidos desde fevereiro, de um modo especial ao referir-se a ele:
“O maluco do meu irmão.”
Flávio é contra a estratégia de Eduardo de ir para o tudo ou nada em defesa da anistia ao pai.
Tarcísio
Após visita ao pai, nessa segunda-feira (29), Flávio afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro apadrinhou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), no campo político. Ele, entretanto, condicionou a relação ao “o que vai acontecer com o projeto da anistia” no Congresso Nacional.
“O presidente hoje apadrinha o Tarcísio, ele é do nosso campo político. Mas não haverá decisão nenhuma enquanto não soubermos o que vai acontecer com o projeto da anistia. Somente após o processo legislativo, com o seu desenrolar final, poderemos discutir nomes. Não há por que antecipar nada. Enquanto não resolvermos a questão da anistia, não há como tomar decisão com base em achismos ou torcida”, disse o filho “01” do ex-presidente.
Esse foi o primeiro encontro do governador com Jair Bolsonaro desde a condenação pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na ação da trama golpista.
Entre os assuntos da reunião, estava previstos, justamente, o projeto de lei que pretende diminuir penas aos envolvidos no 8 de Janeiro e também sobre as eleições de 2026. Apesar disso, Tarcísio negou que a anistia tenha sido pauta da conversa.
“Não foi pauta, não. Por incrível que pareça, a gente não conversou sobre isso. Mas eu já coloquei minha posição claramente: defendo a anistia como fator de pacificação”, afirmou.
O governador é uma das principais apostas da direita para concorrer ao Planalto contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, uma vez que Bolsonaro está inelegível até 2030, podendo permanecer assim pelos próximos 35 anos, em função da condenação.
Conforme o portal Metrópoles, Tarcísio relatou a aliados, nas últimas semanas, que está desanimado com a ideia de concorrer à Presidência por conta da “desorganização” da direita, da repercussão negativa da PEC da Blindagem e de resultados de pesquisas eleitorais.
Também nessa segunda, o governador ainda reforçou que será candidato à reeleição para o governo de São Paulo em 2026. (Com informações do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, e do portal Metrópoles)