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Geral Fogo subterrâneo dificulta o combate a incêndios no Pantanal

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Conforme levantamento do Corpo de Bombeiros, os focos de incêndio no Pantanal tiveram redução de 80% na última semana. (Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros-MT)

Brigadistas fazem rondas em pequenos focos de calor que ressurgem em trechos já castigados por queimadas no Pantanal mato-grossense. O fogo subterrâneo atrapalha o trabalho dos bombeiros de conter os incêndios.

No local, eles avaliam uma ponte que teve parte da sustentação atingida pelo fogo. Algumas lontras se esconderam debaixo da estrutura, que pode desabar a qualquer momento.

O coronel Paulo Barroso, secretário adjunto da Defesa Civil, diz que as chuvas isoladas na região não foram suficientes para reduzir os focos de calor a ponto de extingui-los. “Em muitos lugares não caiu chuva e onde caiu, a quantidade foi insignificante”, explica.

Mesmo depois de apagar as chamas no Pantanal, o fogo pode voltar mais uma ou até três vezes na mesma área, o que é chamado de fogo subterrâneo.

O tenente do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso, Isaac Wihby, explica que existem duas queimas: uma por cima do solo e outra por baixo.

O fogo subterrâneo vai percorrendo de forma bem mais lenta. Quando a gente apaga um incêndio em cima, esse incêndio continua por baixo do solo e vai sempre procurando um caminho”, diz.

Foi o que aconteceu quando um biólogo voluntário estava na trilha. O fogo que já passou pelo local, reacende depois de horas. Isso pode acontecer também depois de dias. A área é resfriada e o foco eliminado, porém se nada é feito, o fogo vai retornar.

Pelas imagens aéreas do Pantanal dá pra ver a propagação silenciosa. Segundo os bombeiros, cada ponto é gerado por uma queimada subterrânea. As chamas atingem primeiro as raízes e depois sobem pelas árvores. A bióloga Karen explica que, muitas vezes, os animais não têm tempo de fugir.

Diferentemente de mamíferos e outras espécies, como aves, que podem voar ou correr, os répteis são os que mais sofrem. Isso porque eles não têm essa capacidade de correr. Então espécies como a serpentes, jabutis ou até anfíbios, são as que mais vão morrer”, ressalta.

O coronel Paulo Barroso reforça que esse é um dano que poderia ser evitado. “Em 98% dos casos, as queimadas são causadas pelo homem. O animal sofre as consequências diretas, sem saber. Com certeza esse é o maior incêndio florestal que ocorreu no Pantanal e sem nenhum precedente”, finaliza.

Força Nacional

Os 48 militares da Força Nacional enviados para Mato Grosso iniciaram na sexta-feira (25) as atividades de combate e controle dos incêndios na região do Pantanal. Sob orientação do Comitê Integrado Multiagências de Mato Grosso, o grupo teve acesso ao mapa com as localizações dos focos e instruções para a atuação com segurança.

Para auxiliar na operação de combate direto ao fogo são utilizadas sete aeronaves, viaturas, um caminhão baú, um micro-ônibus e equipamentos como abafadores, soprador, bomba costal, enxadas e rastelos. O grupo é formado por militares – homens e mulheres que vieram de outros Estados brasileiros como Pará, Rondônia, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Amazonas, São Paulo, Maranhão, Acre, Roraima, Amapá e Distrito Federal. Eles permanecem na região por 30 dias, com a possibilidade de prorrogação.

Os militares chegaram ao município de Poconé na quinta-feira (24) e atuam inicialmente por terra, nas proximidades da Pousada Aymara, Transpantaneira e Fazenda Pixaim. Na Estância Dorochê e no Parque Estadual Encontro das Águas, o acesso é feito somente com o uso de aeronave e este combate deve ser realizado já nos próximos dias.

Conforme levantamento do Corpo de Bombeiros, os focos de incêndio no Pantanal tiveram redução de 80% na última semana.

Hoje estamos intensificando a implementação das equipes em campo, com ações em Barão de Melgaço e Porto Jofre. Está ocorrendo o monitoramento e vigilância as áreas onde o fogo já foi combatido e temos uma tropa que atuará em conjunto próximo à divisa entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, que passa pela mesma situação de incêndios florestais. Mesmo com a redução dos focos, ainda é necessária uma força-tarefa para que o estágio de controle total do fogo seja alcançado”, pontuou o comandante do Comitê Integrado Multiagências de Mato Grosso (Ciman-MT), tenente-coronel Dércio Santos da Silva. As informações são do portal de notícias G1 e do governo do Estado de Mato Grosso.

 

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https://www.osul.com.br/fogo-subterraneo-dificulta-o-combate-a-incendios-no-pantanal/ Fogo subterrâneo dificulta o combate a incêndios no Pantanal 2020-09-26
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