Quarta-feira, 01 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 10 de dezembro de 2019
Dezessete pessoas, a maioria adolescentes, foram presas na Espanha por compartilhar imagens de “extrema violência” envolvendo pornografia infantil no WhatsApp, informou nesta terça-feira a polícia, concluindo assim uma investigação de dois anos em três continentes.
Trata-se de uma operação internacional liderada pela polícia espanhola que envolveu um total de 33 detenções em 11 países diferentes, incluindo quatro no Equador e duas na Costa Rica, Uruguai e Peru, respectivamente.
Na Espanha, além dos 17 detidos, outras nove pessoas estão sendo investigadas. Do total de envolvidos, “14 deles são menores”, afirmou o comunicado da polícia.
“A maioria dos detidos é menor e o mais jovem tem apenas 15 anos”, disse à AFP o porta-voz do corpo, Eduardo Casas.
A polícia os acusa de armazenar e compartilhar arquivos pornográficos que, em alguns casos, envolveram abuso e estupro de crianças muito pequenas, “de bebês de apenas alguns meses a crianças de 11 ou 12 anos”, afirmou o porta-voz.
Os membros até criaram “figurinhas” – pequenas imagens digitais semelhantes a emoticons que podem ser facilmente compartilhadas online – mostrando “menores muito jovens abusados sexualmente”, relatou o texto.
Um homem de 29 anos foi preso não apenas por baixar o material pedófilo, mas também por pedir a outros usuários “contatos de meninas menores para assediar e obter material, prometendo trocar contatos” de outras meninas, segundo o comunicado.
Além das prisões na Espanha e na América Latina, o restante ocorreu na Itália, França, Reino Unido, Índia, Paquistão e Síria (um em cada país).
França
Em novembro, a Justiça francesa identificou 250 vítimas potenciais de um cirurgião aposentado, acusado de estupro e de agressões sexuais contra pacientes menores de idade durante 30 anos de carreira, um caso de pedofilia com uma dimensão inédita no país.
“Um total de 250 vítimas potenciais de atos de pedofilia que ainda não prescreveram foi identificado durante a investigação”, afirmou o promotor de La Rochelle, cidade do oeste da França, Laurent Zuchowicz.
Joël Le Scouarnec, que tem 68 anos atualmente, está preso desde maio de 2017 por parte das acusações apresentadas contra ele.
De acordo com a Justiça, ele foi detido por “estupro de menores de 15 anos, agressões sexuais e exibicionismo sexual”, em um processo que afeta quatro vítimas e pelo qual será julgado nos próximos meses.
Quando este caso foi encerrado, o ex-cirurgião voltou a ser investigado pela descoberta de cadernos, durante uma operação policial, que permitiram identificar mais vítimas.
“Um total de 209 foi interrogado, e algumas tinham recordações muito concretas”, afirma um comunicado da Promotoria, que também informa que 184 decidiram denunciar o ex-cirurgião.
Em seus diários pessoais, Scouarnec descreve cenas sexuais com nomes concretos. A defesa alega que eram cenas imaginadas.