Segunda-feira, 09 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 1 de maio de 2017
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Embora institucionalmente Centrais Sindicais e sindicatos filiados, de um modo geral, sejam contrários à chamada terceirização de serviços, as manifestações ocorridas em menos de 5% dos 5.500 municípios brasileiros – 254 municípios com manifestações – na sexta-feira, demonstraram que, em causa própria, estas entidades apoiam e prestigiam os serviços terceirizados. Assim, a realização de atividades – muitas delas nitidamente criminosas – foram contratadas diretamente com pessoas que sabem fazer o chamado “trabalho sujo”, ou até mesmo junto a empresas que se comprometeram a obter recursos humanos, e ferramentas, incluindo os chamados “miguelitos”. Miguelitos são pregos trançados comumente utilizados por criminosos em assaltos a banco, para dificultar a perseguição policial. A área de inteligência da polícia identificou vários casos e apreendeu dezenas de materiais e documentos demonstrando o lado criminoso dos chamadas “manifestações populares”.
Nível de violência das manifestações fortaleceu o governo
O nível de violência empregado nas manifestações da sexa-feira, com nítido objetivo de intimidar as pessoas e inibir o direito de ir e vir daqueles que desejavam trabalhar ou cumprir com outras obrigações, incluindo consultas médicas, acabou fortalecendo a posição do governo federal na busca de apoio para os projetos de reforma. O núcleo político do governo estima que, depois das manifestações violentas, ficará mais fácil buscar o apoio de cerca de 70 deputados infiéis que não votaram a reforma trabalhista. O governo precisa apenas de mais 15 deste grupo de infiéis para aprovar a reforma da Previdência.
Doria ainda resiste à candidatura
Nome lembrado com insistência pelos eleitores para a disputa presidencial de 2018, o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), afirma que ainda é cedo para fazer comentários sobre resultados de pesquisas eleitorais, em referência à sondagem do Datafolha divulgada nesse domingo. Na pesquisa, o prefeito paulistano aparece como o tucano mais competitivo entre seus parceiros de partido: o governador paulista Geraldo Alckmin e os senadores Aécio Neves (MG) e José Serra (SP). O ex-presidente Lula ficou na liderança em todos os cenários criados pelo instituto, mas o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) cresceu na pesquisa, ficando empatado com Marina Silva (Rede-AC).
Percepção da corrupção
A pesquisa do Instituto Datafolha, que mostra preferência dos eleitores pelo nome do ex-presidente Lula na sucessão presidencial de 2018, também revela uma outra percepção importante do público: entre os governos Collor, Lula e Dilma, o eleitor considera Lula o mais corrupto da História.
De algemas abertas
Na entrada da cidade de Rio Grande, no sábado, um grupo de oposição ao ex-presidente Lula conseguiu afixar uma placa saudando a sua visita com os dizeres: “Lula, Rio Grande te recebe de Algemas Abertas”.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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