Sábado, 25 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 16 de julho de 2015
O Pentágono, sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, planeja suspender a proibição a pessoas transexuais de servirem as Forças Armadas americanas. A iniciativa significaria a queda de uma grande barreira relacionada a gênero e a sexualidade dentro das Forças Armadas dos EUA.
A estratégia do Pentágono seria dar seis meses para os militares determinarem o impacto dessa mudança e colaborarem com os detalhes do planejamento da nova medida. Segundo a agência de notícias Associated Press, os funcionários do Pentágono dizem que, durante a transição de gênero, os indivíduos transexuais ainda não poderiam se juntar às Forças Armadas. A entrada deles seria permitida apenas após a mudança de identidade. E os casos em que pessoas fossem forçadas a deixar o serviço militar por este motivo seriam encaminhados para investigação da diretoria do Departamento de Defesa.
A notícia chega depois da aprovação do casamento entre pessoas do mesmo sexo pela Suprema Corte americana. A decisão se estendeu a todos os 50 Estados do país e foi comemorada pela comunidade LGBT.
Proteção.
Há cerca de um mês, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Ash Carter, prometeu que homossexuais e transexuais serão protegidos de discriminação nas tropas militares por meio da adoção de uma “política de igualdade de oportunidades”.
Essa foi a primeira vez que uma autoridade americana mencionou tal política. Carter acrescentou, na ocasião, que a máxima “don’t ask, don’t tell” (não pergunte, não comente), que proibia que homossexuais e transexuais falassem sobre o assunto enquanto serviam as Forças Armadas, já não pode mais existir. Essa proibição foi fortemente implantada no serviço militar americano de 1993 a 2010. Se a norma fosse desobedecida, os militares poderiam ser afastados de suas funções ou até expulsos das organizações.