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Brasil Forças Armadas e Polícia Federal vão agir contra o garimpo ilegal de forma permanente e não mais emergencial

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Governo admite que o modelo emergencial adotado pela gestão em 2023 permitiu que os invasores retornassem à região. (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

Após fracasso na retirada dos garimpeiros ilegais do território indígena Yanomami, em Roraima, o governo decidiu que a presença das Forças Armadas e Polícia Federal passa a ser definitiva na região a partir deste ano.

Segundo o ministro da Casa Civil, Rui Costa, a expectativa é que os postos de segurança sejam instalados na região em 30 dias. Costa admitiu que o modelo emergencial adotado pela gestão em 2023, com operações ocasionais, permitiu que parte dos invasores voltassem à região.

“Vamos migrar de ações esporádicas para incursões permanentes, reestruturar a atuação das Forças Armadas na região para que consigamos retirar definitivamente invasores que continuam na região. Eventualmente o criminoso volta semanas depois da incursão esporádica, uma busca que parece perseguição de gato e rato”, afirmou o ministro a jornalistas após o encontro ministerial.

Além disso, segundo o ministro, o governo irá criar uma “casa de governança”, unidade com representantes locais dos ministérios em Boa Vista, capital do estado, para lidar de perto com a crise humanitária na região que ganhou repercussão internacional em janeiro de 2023. A casa deve ter mediadores, por exemplo, dos ministérios da Justiça, Direitos Humanos e Meio Ambiente.

Também será papel da casa de governança dialogar com o estado e municípios e apresentar alternativas de renda para a população de Roraima, dependência encarada como desafio pelo governo. Toda a operação deve custar R$ 1,2 bilhões ao governo, valor que será extraído de orçamento excepcional.

Lula afirmou que a crise será tratada “como uma questão de estado”.

“Vamos ter que fazer um esforço maior e utilizar todo o poder que a máquina pública pode ter, porque não é possível perder uma guerra para o garimpo ilegal”, completou o presidente.

De acordo com o governo, foram mais de 400 operações feitas e R$ 600 milhões, em dinheiro e patrimônios materiais, apreendidos no ano passado.

O governo anunciou emergência de saúde na terra Yanomami em janeiro de 2023 após constatar desassistência sanitária dos povos que vivem no local e forte presença de garimpo ilegal. O crescimento dos invasores na região passou a avançar desde 2016 e explodiu em 2022, provocando aumento de casos de problemas como malária e desnutrição.

À época, o Ministério da Saúde enviou para o local equipes da Força Nacional do SUS, composta por médicos, enfermeiros e nutricionistas; e as forças de Segurança Pública intensificaram as operações contra o financiamento de garimpo ilegal no território.

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