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Mundo França atinge meta de 30 milhões de vacinados até junho com primeira dose contra o coronavírus

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Contagem de mortes por coronavírus nos hospitais do país subiu para 83.944 nas últimas 24 horas.

Foto: Reprodução
Se levado em conta apenas o grupo prioritário, índice é de quase 45%. (Foto: Gustavo Mansur/Palácio Piratini)

A França administrou a primeira dose de vacina contra coronavírus em 30,14 milhões de pessoas, afirmaram autoridades da Saúde neste sábado (12), atingindo assim a meta traçada pelo governo do país europeu para meados de junho.

A contagem de mortes por covid nos hospitais franceses subiu 34 nas últimas 24 horas, para o total de 83.944 desde o começo da pandemia, disseram as autoridades. Já o total de pacientes por covid em tratamento intensivo caiu em 53, passando para 2.110.

Perda de olfato

A perda do olfato e do paladar é um dos sintomas mais desagradáveis para quem desenvolve formas leves da covid, mas para os profissionais que dependem destes sentidos para sobreviver, é a sequela mais temida da doença.

Enólogos, perfumistas, chefs de cozinha – a lista de carreiras ameaçadas pelo coronavírus é variada. Num lugar como a França, onde essas profissões desfrutam de um prestígio especial pela influência mundial que o país exerce, o tema é levado a sério.

Nos perfumes, a precisão do olfato é tão determinante que o perfumista francês é chamado de “o nariz” de tal marca. Agora imagine se, de um dia para o outro, o “nariz” não percebe mais as sutilidades das notas das fragrâncias. Foi o que ocorreu com a jovem Adelaïde Sauol, estudante na Escola Superior do Perfume, de Paris.

Ela contraiu covid há quase um ano e até agora não recuperou completamente o sentido – uma situação que ameaça o seu sonho profissional.

“Eu percebo a diferença, mas mal. Não consigo distinguir entre uma laranja, uma tangerina, um limão, por exemplo. Sinto apenas que é um odor cítrico mas não consigo avançar além disso”, relata.

“Me questionei muito se eu poderia realmente exercer essa profissão. Vi meus colegas avançando e eu fui ficando para trás. Ainda tenho um ano para retomar completamente o sentido e decidir qual rumo poderei tomar: se criação de perfumes, como eu quero desde criança, ou se terá de ser marketing”, lamenta Adelaïde.

A diretora da escola, Chantal Artagnan, percebe a angústia dos alunos diante dos riscos de uma covid longa, como são chamados os sintomas persistentes da doença. A anosmia atinge cerca de 15% dos contaminados por dois meses – mas para 4,7% deles, o olfato só voltará completamente após seis meses e, em 2% dos casos, apenas depois de um ano.

Neste período, um profissional do perfume experiente pode continuar a trabalhar, baseado na sua memória olfativa – mas o seu desempenho estará abalado.

“Um perfumista é realmente muito afetado, porque ele precisa treinar o nariz todos os dias. Se fizermos uma analogia com um músico, para ele é difícil compor sem o seu instrumento”, compara.

“Muitos perfumistas recuperam a maior parte do olfato, mas permanece uma distorção dos cheiros que faz com que seja complicado seguir em frente. Essa é a parte mais difícil para reeducar: é preciso recriar referências, recriar laços entre um cheiro e o seu objeto. Há um problema, portanto, que pode durar tempo e pode levar a reorientações em uma carreira”, constata.

Após a pandemia, escolas especializadas como a Superior do Perfume desenvolveram cursos de reeducação do olfato e do paladar, com treino prático e apoio psicológico para reconectar o bulbo olfativo, atingido pelo vírus, ao cérebro.

“Essas consequências são desastrosas para a nossa profissão. Nós temos necessidade absoluta das nossas ‘ferramentas’, o olfato e o paladar, para podermos degustar”, frisa Didier Fages, presidente da União dos Enólogos da França. “A reeducação é possível, mas é preciso muito treinamento e é essencial poder realizar testes olfatométricos, que avaliam as perdas de um enólogo, por exemplo. Queremos que esses testes passem a ser reembolsados.”

Tabu

A enóloga Sophie Pallas, diretora-geral do sindicato dos Enólogos da França, foi infectada pelo coronavírus e ficou três semanas sem sentir o gosto e o cheiro da bebida.

Ela afirma que, para um profissional do vinho, retomar 95% do olfato não é suficiente – são os 5% restantes que o diferem de um mero apreciador da bebida.

“Não conheço, pelo menos até o momento, um enólogo que foi obrigado a renunciar à sua profissão. Mas todos nós tivemos essa interrogação: já voltei ao ponto que eu estava antes? Ficamos numa incerteza que é muito difícil de vivenciar, psicologicamente”, diz.

“Quando tive covid, eu sentia sobretudo a acidez dos vinhos, um pouco da adstringência, e sentia exageradamente o álcool, que me queimava a boca. Ou seja, todo o prazer e a emoção de degustar um vinho tinham acabado. É por isso que muitos enólogos nem sequer contam que foram afetados, porque temem pela própria imagem”.

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