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Mundo França chama para consultas embaixadores nos Estados Unidos e na Austrália após acordo de submarino nuclear

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Anúncio foi feito pelo ministro das Relações Exteriores francês, Jean-Yves Le Drian. (Foto: Reprodução/Twitter)

A França chamou para consultas seus embaixadores nos Estados Unidos e na Austrália em protesto pelo que chamou de “gravidade excepcional” do acordo entre Washington, Londres e Camberra para dotar a Marinha australiana de ao menos oito submarinos movidos a energia nuclear. O acordo, anunciado na quarta-feira (15), implicou o cancelamento de um pacto anterior entre a França e a Austrália para a construção de 16 submarinos convencionais.

“A pedido do presidente da República, decidi chamar imediatamente para consultas nossos dois embaixadores nos Estados Unidos e na Austrália. Esta decisão excepcional se justifica pela gravidade excepcional dos anúncios realizados em 15 de setembro por Austrália e Estados Unidos”, anunciou o ministro das Relações Exteriores francês, Jean-Yves Le Drian, em um comunicado.

A convocação de embaixadores é uma medida grave na diplomacia e incomum entre países aliados, como são EUA e França, ambos integrantes da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e do G-7, formado por alguns dos maiores países capitalistas e democráticos.

Após o anúncio, uma autoridade da Casa Branca disse que os Estados Unidos lamentam a decisão francesa e que Washington se empenhará nos próximos dias para resolver as divergências com a França. A Austrália, por sua vez, afirmou que espera continuar trabalhando em estreita colaboração com a França e que entende sua “decepção” com o rompimento de um importante acordo para a compra de submarinos.

No comunicado, Le Drian disse que o acordo trilateral constitui “comportamento inaceitável entre aliados e parceiros, cujas consequências afetarão a própria concepção que temos de nossas alianças, nossas parcerias e a importância do Indo-Pacífico para a Europa”. A França, como os EUA, tem possessões no Pacífico, como a Polinésia Francesa e a Nova Caledônia.

Na quinta-feira, o chanceler francês já havia comparado o presidente Joe Biden ao seu antecessor, Donald Trump, por não ter incluído Paris no pacto nem informado o governo francês com antecedência. Na ocasião, ele disse que a parceria entre os três países anglo-saxões foi uma “punhalada nas costas” da França. Trump ficou conhecido pelo lema “Estados Unidos primeiro” e pelas manifestações de desprezo pelos aliados europeus dos EUA.

Na quinta-feira, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, e a Casa Branca tentaram pôr panos quentes na crise com o governo francês, afirmando que a França é um “aliado vital” para os EUA. No entanto, o pacto com Reino Unido e Austrália, que levou o nome de Aukus, mostrou que os EUA estão dispostos a deixar de lado os aliados europeus quando se trata de conter a expansão da China, prioridade da política externa americana. A União Europeia defende uma abordagem com menos rivalidade da relação com Pequim.

Os diplomatas franceses em Washington já haviam cancelado um evento de gala marcado para esta sexta-feira em sua embaixada. O evento comemoraria o 240º aniversário da Batalha de Chesapeake, ocorrida durante a Guerra de Independência dos EUA, que teve a participação dos franceses contra o império britânico.

O acordo elevará a Austrália a um clube de elite formado pelas nações que operam submarinos impulsionados por energia atômica, que podem viajar longas distâncias sem precisar reabastecer. A estratégia complementa os planos dos EUA, do Reino Unido e de outras nações aliadas para deter as reivindicações territoriais chinesas no Mar do Sul da China e a expansão do poderio naval de Pequim.

Embora a Austrália tenha afirmado que manterá sua política de não proliferação e não detenção de armas nucleares, na prática a construção do submarino movido a combustível atômico lhe dá acesso à tecnologia para a construção de bombas. Atualmente, apenas seis países têm submarinos nucleares, e o Brasil está construindo o seu primeiro, com tecnologia própria e parceria com a França. As informações são do jornal O Globo e de agências internacionais de notícias.

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https://www.osul.com.br/franca-chama-para-consultas-embaixadores-nos-estados-unidos-e-na-australia-apos-acordo-de-submarino-nuclear/ França chama para consultas embaixadores nos Estados Unidos e na Austrália após acordo de submarino nuclear 2021-09-17
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