Segunda-feira, 12 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 23 de novembro de 2015
Em encontro com a presidenta Dilma Rousseff no Palácio da Alvorada, nesse domingo, o chanceler francês Laurent Fabius ofereceu ao Brasil abrir os serviços de inteligência e trocar informações sobre segurança para reduzir os riscos de terrorismo durante as Olimpíadas do Rio no ano que vem. O francês veio ao País depois de passar pela Índia e África do Sul para tratar da COP 21, conferência da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre Mudanças Climáticas, que acontecerá em Paris a partir do próximo dia 30.
“A França está à disposição para transmitir os resultados sobre a questão de segurança e para abrir nossos serviços de inteligência para trocar informações para reduzir os riscos ao máximo e que possamos informar uns aos outros sobre os terroristas”, disse Fabius após a reunião com Dilma.
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, disse que essa ajuda será importante porque a França tem larga experiência em sediar grandes eventos. Já recebeu a Copa do Mundo e as Olimpíadas de Inverno.
Atentados e Mariana
No encontro, Dilma manifestou sua solidariedade pelos eventos trágicos em Paris (França), no dia 13 deste mês, quando terroristas bombardearam vários pontos da cidade e mataram 130 pessoas. Fabius se solidarizou pelo rompimento da barragem em Mariana, considerado pelo governo brasileiro como o maior desastre ambiental do País. Segundo a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, que também participou da conversa, a recuperação da Bacia do Rio Doce poderá levar 30 anos.
Segurança na COP 21
Sobre a COP 21, evento que reunirá 140 chefes de Estado em busca de um acordo global para limitar as emissões dos gases de efeito estufa, Fabius declarou que o governo francês garantirá a segurança de todos em Paris. Ele afirmou ainda que o Brasil é um ator histórico nas negociações climáticas e que as metas de redução de emissões apresentadas pelo País, em Nova York (EUA), em setembro, são exemplares e ambiciosas.
Fabius disse que dentro da conferência, que ocorrerá em um subúrbio de Paris, é possível controlar 100% o ambiente e assegurar a proteção de todos os participantes. Mas, do lado de fora, na cidade, não é possível dar essa certeza. Mas lembrou que o governo francês está controlando as fronteiras. (AG)