Por Redação O Sul | 27 de abril de 2017
Além de ser considerado um “meteoro” na política francesa, o candidato Emmanuel Macron – que venceu o primeiro turno e é favorito na disputa presidencial para a eleição de 7 de maio – tem um casamento que foge do padrão tradicional. Aos 39 anos (só se tornará quarentão no fim do ano), ele é casado com Brigitte Marie-Claude Trogneux, de 64 anos recém-completados. A propósito, essa diferença de idade, de 24 anos, é a mesma entre Donald e Melania Trump.
Enquanto uniões entre homens muito mais velhos que as mulheres são vistas com naturalidade, o contrário ainda causa estranheza, embora no Brasil os números mostrem que esta é uma tendência em expansão. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) já mapeou a mudança: de acordo com as Estatísticas de Registro Civil 2012, de 2002 para cá o percentual de mulheres com parceiros mais jovens passou de 20,7% para 24%.
Em entrevista dada em março para a Bloomberg, Macron afirmou: “se eu for eleito, ou melhor, se nós formos, Brigitte estará lá ao meu lado, com um lugar e um papel definido para desempenhar. Ela me ajudou a ser o que sou”. Não é comum um político dar tanto crédito à cara-metade, mas pode se dizer que Brigitte é uma espécie de mentora da trajetória do marido. Documentário exibido pelo canal de TV France3 a mostrava em ação, preparando Macron para um discurso importante. Ela chamava sua atenção porque sua voz não estava bem colocada e dava instruções sobre o que ele deveria fazer.
Brigitte não perde tempo com falsa modéstia: “estive envolvida em tudo o que diz respeito a ele nos últimos 20 anos. Todos parecem surpresos que as mulheres estejam ao lado dos maridos. Está na hora de as coisas evoluírem”, disse a repórteres no fim do ano passado. A França também nunca viu uma primeira-dama assim. (AG)
