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Por Redação O Sul | 18 de dezembro de 2015
30, disse nessa quinta-feira o delegado da PF (Polícia Federal) Alexandre Fornazarri Junior.
O esquema é investigado na Operação Positus. A ação apura fraudes e desvios de recursos de cerca de 180 milhões de reais, entre 2006 e 2011, no fundo de pensão Postalis. “Uma corretora, com sede nos EUA, comprava títulos da dívida pública brasileira e revendia no dia seguinte para o fundo com superfaturamento de valores”, explicou Fornazarri, que atua na Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros.
A corretora que administrava o fundo era responsável por aplicar, no período investigado, cerca de 5% da carteira de investimentos do Postalis, cerca de 370 milhões de reais. “O dinheiro era remetido a empresas offshore dos administradores da corretora nas Ilhas Virgens Britânicas, um destino clássico de lavagem de dinheiro. Mas não temos como mensurar se há mais recursos espalhados pelo mundo”, afirmou o delegado.
O contrato do Postalis com a corretora, que tinha sede no Brasil, mas administrava o dinheiro a partir de remessas nos Estados Unidos, previa que fossem comprados apenas títulos da dívida pública brasileira, mas, de acordo com o delegado Alexandre Manoel Gonçalves, foram adquiridos também títulos da dívida pública da Venezuela, Argentina e outros papéis. “Nas transações, eles chegaram a lucrar 60% sobre o valor [dos títulos] em dois dias”, afirmou. (AG)