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Por Redação O Sul | 25 de dezembro de 2018
Futuro chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) da Presidência da República, o general Augusto Heleno, disse que prentede manter a atual direção da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), comandada por Janer Tesch Alvarenga, oficial especializado nesse tipo de atividade há 34 anos e que comanda o órgão desde setembro de 2016.
“Essa decisão não está tomada, mas tudo se encaminha para manter o Janer”, revelou. “Não tenho razão para retirá-lo, mas ainda não consegui ir à Abin, nem conversei com ele. Pretendo manter a estrutura atual. É o mais certo”, ressaltou em entrevista à imprensa.
Sobre o modelo a ser adotado para a agência pelo governo de Jair Bolsonaro, que assume o poder no dia 1º de janeiro, Heleno reforçou um discurso que tem sido adotado para diferentes áreas pelo presidente eleito: “Eu quero a Abin sem um viés ideológico e integrada aos demais órgãos de inteligência para atuar no combate ao crime organizado”.
Ao ser questionado se pretendia retomar características do extinto SNI (Serviço Nacional de Informações), o militar contestou: “Isso é uma bobagem, não há ideia de resgatar nada e nem estamos olhando para o retrovisor, mas para a frente”. Ainda segundo o futuro ministro, a Abin é “um órgão de Estado que não pratica bisbilhotagem” e não fará nada “fora da lei”.
“A ideia é ser o mais inteligente possível”, prosseguiu o general, rindo do próprio trocadilho. “Trata-se de uma assessoria muito importante para o presidente e para todos os membros do governo. O principal ‘cliente’ da Abin é o chefe do Executivo, mas a agência trabalha em melhor proveito do Estado, não do governo.”
Ele define como objetivo “buscar o máximo de eficiência, a maior integração possível entre os diferentes integrantes do Sistema Brasileiro de Inteligência, criando um clima de absoluta confiança com os demais órgãos”. Para Heleno, a Abin tem um papel “bastante relevante e definido, com uma política de inteligência que dá as normas e princípios de forma didática, servindo de orientação para todas as atividades”.
Opositores
Questionado se a Abin vai bisbilhotar a vida dos opositores, Augusto Heleno garantiu: “De jeito nenhum! Esse é um órgão do sistema brasileiro de inteligência e inteligência não é bisbilhotar a vida de ninguém. Trata-de se algo fundamental em todos os governos do planeta, com base em estudos, análises, coleta de informações, coisas científicas. Existem limites legais muito bem definidos e ela vai se ater a isso”.
Sobre uma avaliação da estrutura da Abin, o futuro chefe do GSI reiterou que a ideia é manter a estrutura: “Foi feito um excelente trabalho nessa retomada da existência do Gabinete de Segurança Institucional, que tinha sido dissolvido pela então presidente Dilma Rousseff. A partir daí, a ideia foi manter o que existia e fazer um grande aperfeiçoamento do sistema de inteligência, inclusive com a aprovação da política que dá os parâmetros do setor”.
“Hoje, temos um compromisso com a modernidade e isso é muito difícil porque há uma evolução constante de tudo, principalmente de tecnologia. Temos de acompanhar as técnicas mais avançadas de produção de informações, com respeito absoluto às normas legais e democ