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Por Redação O Sul | 11 de junho de 2017
Os ministros do Meio Ambiente do G7 se reúnem neste domingo (11) e na segunda-feira (12) em Bolonha, no norte da Itália, em uma reunião marcada pela decisão dos Estados Unidos de deixar o acordo de Paris sobre o combate às mudanças climáticas. A questão do clima quebrou a unidade do G7, pela primeira vez em sua história, no final de maio, durante a cúpula de seus líderes na cidade siciliana de Taormina.
Os ministros, reunidos em um hotel localizado nos arredores de Bolonha, vão discutir o Acordo de Paris em encontros bilaterais e mesas redondas, e tentarão descobrir se os Estados Unidos têm “propostas mais concretas” sobre o clima após a sua retirada do pacto, indicou à AFP um porta-voz da ministra alemã do Meio Ambiente, Barbara Hendricks.
Após a chanceler alemã Angela Merkel se opor à administração do presidente Donald Trump nas últimas semanas, Hendricks tem a intenção de se reunir em Bolonha com Scott Pruitt, o chefe da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA, por sua sigla em inglês). Pruitt foi um dos defensores mais fervorosos da retirada americana do acordo sobre o clima, considerado “ruim” para os Estados Unidos.
Neste contexto, a postura americana durante a cúpula de Bolonha cria incerteza e deixa em aberto a declaração final tradicional do G7, o grupo de potências econômicas formado por Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Alemanha, França, Itália e Japão. A delegação chefiada por Pruitt poderia se limitar a expressar suas reservas sobre alguns pontos dessa declaração, mas também pode bloquear todo o conteúdo, o que seria inédito na história do G7. Já os outros seis países parecem determinados a defender o Acordo de Paris.
O Canadá pretende trabalhar “com todos os atores a nível subnacional” que querem lutar contra as mudanças climáticas, acrescentou, aludindo às cidades e estados de seu vizinho do sul, que criticaram a decisão de Trump sobre o pacto climático. (AG)