Quarta-feira, 31 de dezembro de 2025
Por Redação O Sul | 30 de dezembro de 2025
A gasolina e o diesel ficarão mais caros nesta quarta-feira, 1º de janeiro de 2026, após decisão do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) publicada no Diário Oficial da União. O ato prevê aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), uma tributação estadual que incide sobre os combustíveis.
Embora a decisão tenha sido tomada em 8 de setembro de 2025, o impacto no bolso do consumidor será sentido somente após a virada do ano, quando os novos valores entram em vigor. Veja como ficam as alíquotas:
– Gasolina: aumento de R$ 0,10 por litro, de R$ 1,47 para R$ 1,57;
– Diesel: aumento de R$ 0,05 por litro, de R$ 1,12 para R$ 1,17.
Este será o segundo ano consecutivo de alta no ICMS sobre combustíveis. Em fevereiro de 2025, os valores já haviam sido reajustados pelos estados.
Na ocasião, o Comitê Nacional de Secretários de Fazenda (Comsefaz) afirmou que a atualização do imposto considera os preços médios mensais dos combustíveis, apurados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).
Variações do mercado
Por que o ICMS vai aumentar? O Confaz decidiu pelo reajuste após análise da média de preços dos combustíveis no país. O modelo atual de cobrança do ICMS, com valor fixo por litro, prevê atualizações periódicas para adequar a arrecadação dos estados às variações do mercado.
Segundo o conselho, a medida busca garantir previsibilidade na arrecadação estadual e reduzir distorções causadas por oscilações abruptas de preços. Ainda assim, o impacto acaba recaindo diretamente sobre o consumidor final.
Custos logísticos
Diesel mais caro afeta frete e alimentos: O aumento do diesel preocupa especialmente o setor de transporte. Como o combustível é base para o frete rodoviário, a alta tende a pressionar os custos logísticos, com reflexos em cadeia sobre preços de alimentos, produtos industriais e serviços.
Efeito do aumento
Outros fatores podem pressionar ainda mais os preços: Além do ICMS, o valor dos combustíveis em 2026 continuará sensível a fatores como política de preços da Petrobras, variação do dólar e cotação internacional do petróleo. Qualquer alteração nesses elementos pode potencializar ou atenuar o efeito do aumento do imposto.