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Cláudio Humberto Gastos suspeitos são tão antigos quanto o “cotão”

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Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editoriais de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Políticos viram intrigados a operação policial desta sexta (19) expondo os deputados Sóstenes Cavalcante, líder do PL, e Carlos Jordy, ambos do RJ, sobre gastos suspeitos com a “cota parlamentar”. É que isso ocorre desde a criação malandra do “cotão”, a Cota para Exercício da Atividade Parlamentar, que varia de R$36 mil a R$52 mil mensais por deputado ou senador, dependendo do Estado, para despesas como aluguel de carros, jatinhos, escritórios e até lanchas, passagens, motéis, jantares etc.

Mão no seu bolso
De 2015 a 2025, segundo dados oficiais, o Congresso desembolsou R$2,8 bilhões em ressarcimentos sem transparência e fiscalização.

Como ricaços
Em 2023, deputados torraram R$916 mil em jatinhos, com Sidney Leite (PSD-AM) gastando, somente ele, R$157,7 mil.

Corrida de fundo
Pedro Aihara (PRD-MG) usou R$23 mil do dinheiro dos impostos em refeições de luxo em sete Estados e no Japão, entre 2023 e 2024.

Novidade é a PF
O TCU já investigou 18 de uma vez, como Benedita da Silva (PT-RJ), Silas Câmara (Rep-AM), Romário (PL-RJ) etc. Mas sem PF na porta.

Com saída de Wagner, PT perde sua melhor figura
Jaques Wagner (PT-BA) perdeu a liderança do governo no Senado por ser raridade entre lulistas raivosos, gente primária que não está ali para fazer política, mas para ajudar Lula (PT) a cumprir o que jurou em vídeo viralizado de 2021: “Eu vim para me vingar”. Wagner, ao contrário, bom político, apenas trava as brigas necessárias. Apoiou Davi Alcolumbre na questão da Dosimetria para emplacar projetos de interesse do governo, até porque seria inútil resistir, como demonstrou o placar de 48×25 votos.

Gabinete do ódio
O “acordo” enfureceu Gleisi Hoffman, figura que ama odiar a tudo e a todos, e que ficou enciumada com a desenvoltura do petista da Bahia.

Rivais só nas ideias
Wagner sempre irritou o PT. A turma espumava de ódio contra ACM, mas ele e Luiz Eduardo, filho do velho babalaô, cultivavam relação cordial.

Civilidade política
Ao descobrirem que nasceram no mesmo dia, durante anos Wagner e Luiz Eduardo almoçaram juntos naquele dia, até que a morte os separou.

Lulinha lá
Último requerimento protocolado na CPMI que investiga a gatunagem no INSS, na sexta, dia do suspiro final de algum trabalho no Congresso, pede a convocação de Lulinha. É assinado pelo relator Alfredo Gaspar.

É só olhar
A Polícia Federal gastou recurso público para constatar o que é sabido até no mundo mineral. O laudo confirmou o que os médicos de Jair Bolsonaro já diziam, o ex-presidente precisa mesmo passar por cirurgia.

Tesourada
Dois programas que Lula pretendia usar para pedir votos terão cortes no orçamento de 2026: Auxílio Gás, que ficou R$300 milhões menor; e o Pé-de-Meia, que encolheu outros R$436 milhões.

Liberou
Rui Costa (Casa Civil) vai ter que explicar à Câmara a contratação extra de 400 cabines em navio de cruzeiro para a COP30. O deputado Hélio Lopes (PL-RJ) quer detalhes, como preços e serviços agregados.

BC fez bem
Devaneio do ministro do TCU, Jhonatan de Jesus, de questionar o Banco Central sobre a liquidação do Banco Master, não ecoa entre bancões. A Febraban correu para se manifestar e diz ter “plena confiança” no BC.

Eve Air Mobility
O carro voador da Embraer fez seu primeiro voo na sexta (19). O plano da empresa é fazer as primeiras entregas e entrar em serviço em 2027. Já são quase 3 mil pedidos potenciais na fila.

Mala pronta
Cassado e morando nos Estados Unidos, o ex-deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) terá que devolver o apartamento funcional, em Brasília. Tem até o dia 17 de janeiro para fazer a entrega.

Menos pior
O Senado conseguiu melhorar a avaliação positiva, ao menos na última pesquisa Genial/Quaest. O índice subiu de 18% para 22%, portanto, acima da margem de erro, que é de 2 pontos percentuais.

Pensando bem…
…“legado” da COP30 é a fatura que ficou.

Poder sem Pudor

O engenheiro Fruet
O saudoso deputado Maurício Fruet (PMDB-PR) sempre pregava peças nos amigos e até em desconhecidos. Certa vez, em um vôo Brasília-Curitiba, percebeu que dois gaúchos ao lado tinham medo de avião. Disse-lhes que era “engenheiro aeronáutico” e que, como eles, seguia para Porto Alegre. Começou a se divertir: “Estou ouvindo um barulhinho na turbina, não deve ser nada…” Levantou-se dizendo que iria falar com o piloto, mas foi ao banheiro. Voltou: “O piloto não ficou nada preocupado com o barulho na turbina. Sou engenheiro-aeronáutico, mas não sou louco. Vou descer em Curitiba.” Os dois só não fizeram o mesmo porque, já prontos para desembarcar na capital paranaense, Fruet confessou a brincadeira.

Cláudio Humberto

@diariodopoder

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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