Terça-feira, 03 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 3 de fevereiro de 2021
Em meio ao cenário de pandemia de coronavírus, a procura por animais de estimação aumentou, trazendo consigo também a expansão de um segmento de mercado que já vinha em processo de crescimento há alguns anos: o de artigos para “pets”. Quem adquire um gato ou cachorro, porém, precisa considerar as despesas, regulares ou extras.
Para veterinários, gatos são a opção mais econômica, mas também exigem cuidados importantes, como ração de qualidade, caixinha de areia com limpeza frequente, vacinas, remédios contra pulgas e carrapatos, vermífogos, e em alguns casos até mesmo uma fonte de água limpa corrente para estimular o bichano a se hidratar.
Por outro lado, gatos não exigem passeios na rua, o que exclui custos com coleiras e passeador, por exemplo, nem precisam tomar banho, pois se limpam sozinhos, o que reduz os gastos com pet-shop.
“Caso a pessoa esteja pensando em adquirir um pet, é importante avaliar se ele cabe não só no seu bolso, mas também na sua rotina, e se a sua família está de acordo, pois o animalzinho fará parte desta”, alerta a planejadora financeira Paula Sauer, professora de Economia da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing) e também “mãe de pets”.
Segundo ela, o tutor deve considerar todas as despesas, tanto as do dia-a-dia, quanto gastos eventuais, e se preparar para isso:
“Ponha na conta despesas eventuais, porém previstas: visitas semestrais ao veterinário, vacinas, tratamento preventivo contra verminoses e ectoparasitas como pulgas e carrapatos, e em alguns casos, retirada de tártaro nos dentes. Não esqueça também que, assim como nós, os pets vão envelhecer e em muitos casos, demandar tratamentos de saúde”.
Para o veterinário Dario Migliano, os principais gastos mensais com um cão seriam referentes à alimentação, além de cuidados com banho e tosa, que geralmente é mensal, dependendo da raça. Fora isso, existem gastos com agrados, como petiscos e brinquedos:
“Alguns tutores terão gastos também com dog-sitter, quando não têm tempo para levar o cão para passear. Gastos extras podem ocorrer com atendimento veterinário em caso de algum problema de saúde. Lembrar que vai ter despesa anual com vacinas e sempre é bom levar para consulta de rotina uma a duas vezes ao ano, sendo que o ideal é fazer um leve check-up pelo menos uma vez ao ano”.
Opção
Para quem prefere cachorros a gatos, a opção mais econômica é ter um cachorro de pequeno porte, o que reduz os gastos com alimentação, banho e até mesmo medicamentos e cirurgias.
“As despesas com gatos são menores, pois eles não têm tanto acesso à rua como os cães”, explica o veterinário Guilherme Ortiz. “Mesmo os cães pequenos levam a um gasto maior do que com os gatos, pois precisam de entretenimento, enquanto os gatos são mais individualistas e autosuficientes”.
Por exemplo, se o tutor for viajar e ficar fora três dias, deixando comida e água o gato ficará muito bem, porém o cachorro talvez não. Sentirá a falta do tutor e poderá até ter algum problemas de comportamento.