Sábado, 03 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 13 de agosto de 2015
O general reformado do exército do Chile, Hernán Ramírez Rurange, condenado esta semana por crimes durante a ditadura, se suicidou, nesta quinta-feira, com um tiro na cabeça, informaram fontes hospitalares.
O oficial, de 76 anos, morreu às 3h20 (mesmo fuso de Brasília) no Hospital Militar de Santiago, para onde tinha sido transferido em estado grave após atirar em seu rosto.
Segundo fontes policiais, Rurange estava junto com sua esposa em sua casa quando, passadas a 1h da madrugada, saiu e se dirigiu até a escada do edifício, onde atirou contra si com um revólver calibre 32.
Rurange foi um dos 14 militares, três deles uruguaios, condenados, na terça-feira, pela Suprema Corte do Chile por responsabilidade no sequestro e homicídio de Eugenio Berríos, um químico e agente da polícia secreta da ditadura, ocorrido nos anos 90.
O general, ex-chefe da Direção de Inteligência do Exército, foi sentenciado a dez anos e um dia de prisão pelo sequestro e a outros dez anos e um dia por formação de quadrilha, mas absolvido da acusação de obstrução à Justiça.
Rurange não é o primeiro militar chileno envolvido em crimes da ditadura que atenta contra sua vida.