Quinta-feira, 25 de abril de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil General Villas Bôas confessa que o Exército esteve no limite da intervenção caso o ex-presidente Lula fosse solto

Compartilhe esta notícia:

Segundo nota do Gabinete de Segurança Institucional, a transferência é para fins de estabilização do quadro respiratório. (Foto: Marcelo Camargo/EBC/Fotos Públicas)

O general Eduardo Villas Bôas declarou, em entrevista ao jornal “Folha de S.Paulo”, publicada neste domingo (11), que, apesar de negar a intenção das Forças Armadas em interferir na vida política nacional, confessa que o único episódio em que estiveram no limite “foi aquele tuíte da véspera da votação no Supremo da questão do Lula”, disse.

“Ali, nós conscientemente trabalhamos sabendo que estávamos no limite. Mas sentimos que a coisa poderia fugir ao nosso controle se eu não me expressasse. Porque outras pessoas, militares da reserva e civis identificados conosco, estavam se pronunciando de maneira mais enfática. Me lembro, a gente soltou [o post no Twitter] 20h20, no fim do Jornal Nacional, o William Bonner leu a nossa nota”, contou.

Sobre o caos, o general disse ainda que, apesar das críticas que recebeu, o saldo foi positivo: “Do pessoal de sempre, mas a relação custo-benefício foi positiva. Alguns me acusaram… de os militares estarem interferindo numa área que não lhes dizia respeito. Mas aí temos a preocupação com a estabilidade, porque o agravamento da situação depois cai no nosso colo. É melhor prevenir do que remediar”, encerrou.

Na véspera do julgamento do Habeas Corpus preventivo do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo STF (Supremo Tribunal Federal), em abril deste ano, Villas Bôas, disparou dois tuítes que tiveram grande repercussão:

“Nessa situação que vive o Brasil, resta perguntar às instituições e ao povo quem realmente está pensando no bem do País e das gerações futuras e quem está preocupado apenas com interesses pessoais?”.

“Asseguro à Nação que o Exército Brasileiro julga compartilhar o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à Constituição, à paz social e à Democracia, bem como se mantém atento às suas missões institucionais”.

Sua “preocupação com a impunidade” foi vista como ameaça velada ao STF, o que nega. Fragilizado fisicamente por uma doença degenerativa do neurônio motor, ele falou de forma pausada e com auxílio de respirador por mais de uma hora. Fez considerações sobre o papel dos militares na segurança pública, para ele agora “segurança nacional”, dada a gravidade da situação. “Vai ter de participar”, disse.

O militar, que completou 67 anos na quarta-feira (7), falou sobre a “inevitável associação” entre Exército e o novo governo e sobre a possibilidade de “ideias serem personalizadas” nos quarteis — um eufemismo para quebra de hierarquia. Considera o risco baixo, mas diz estar atento. Descarta riscos à democracia pelo voluntarismo do presidente eleito.

Villas Bôas deixará o comando, assim como os chefes das outras Forças, com o novo governo.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

Subiu para 15 o número de mortes em desabamento de morro em Niterói, no Rio
Uma tonelada de maconha foi apreendida em Sananduva
https://www.osul.com.br/general-villas-boas-confessa-que-exercito-esteve-no-limite-de-intervencao-caso-lula-fosse-solto/ General Villas Bôas confessa que o Exército esteve no limite da intervenção caso o ex-presidente Lula fosse solto 2018-11-11
Deixe seu comentário
Pode te interessar