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Por Redação O Sul | 8 de dezembro de 2015
A população de jovens no País conhecidos como “nem-nem-nem” – que não estudam, não trabalham e não procuram emprego – diminuiu no último ano. A proporção de pessoas de 15 a 29 anos nessa condição caiu de 15% em 2013 para 13,9% em 2014, de acordo com a Síntese de Indicadores Sociais 2015 divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Também recuou o percentual que se dedica somente aos estudos, de 22,7% para 22,5%. Os dados coincidem com uma deterioração do mercado de trabalho, com aumento na fila do desemprego, redução da formalidade e perda de fôlego na renda do trabalhador, de acordo com os dados da própria Pnad (Pesquisa Nacional Por Amostra de Domicílios).
Em 2014, o Brasil ainda tinha 1 em cada 5 jovens sem estudar nem trabalhar. Grande parte morava nas regiões Norte ou Nordeste (45,6%), era do sexo feminino (69,2%), tinha baixa escolaridade (média de 8,7 anos de estudo), além de declarar ser de cor preta ou parda (62,9%). Entre as mulheres nessa faixa etária de 15 a 29 anos que não trabalhavam nem estudavam, 58,1% tinham ao menos um filho nascido vivo.
“Além do contexto favorável à ampliação do ensino superior, proporcionado pelo aumento do nível educacional da população e pelas melhorias nas condições econômicas das famílias que liberam jovens para seguirem estudando, em vez de se dedicarem exclusivamente ao trabalho, a democratização do acesso ao ensino superior foi estimulada por uma série de políticas públicas”, diz o texto da pesquisa.
A alta no percentual de estudantes cursando nível superior aconteceu em todas as regiões brasileiras, que continuam a apresentar patamares desiguais. No Sul, a proporção subiu de 50,5% para 72,2% no período pesquisado, enquanto no Norte, o percentual subiu de 17,6% para 40,2%. O maior crescimento, de 29,1%, foi verificado no Nordeste, onde a proporção passou de 16,4% para 45,5%.
Por outro lado, aumentou o nível da ocupação entre os idosos, ou seja, a proporção de pessoas com 60 anos ou mais que estão trabalhando. A fatia de homens ocupados nessa faixa etária subiu de 40,3% em 2013 para 41,9% em 2014, enquanto entre as mulheres esse contingente de trabalhadoras cresceu de 17,1% para 18,9%.