Domingo, 15 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 1 de novembro de 2021
O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, abriu nesta segunda-feira (1°) a conferência da ONU (Organização das Nações Unidas) dizendo que ações são cruciais para se evitar os efeitos mais desastrosos da mudança climática, um desafio agravado pela incapacidade das grandes nações industrializadas de concordar com compromissos mais ambiciosos.
A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2021 (COP-26) deve marcar o começo do fim, o que “gerações futuras não vão nos perdoar se falharmos”, disse ele. No seu discurso, Johnson deu ênfase à responsabilidade da iniciativa privada para diminuir a emissão de gases que contribuem para o efeito estufa. A tarefa, segundo ele, é envolver o mercado na “descarbonização”.
Ele também disse que a humanidade já esgotou seu tempo no esforço contra essa mudança. “Estamos a um minuto da meia-noite e precisamos agir agora”, afirmou Johnson na cerimônia de abertura em Glasgow, na Escócia. Na cúpula, líderes mundiais, especialistas do clima e ativistas prometem ação decisiva para deter o aquecimento global.
Após a apresentação de um breve vídeo de Brian Cox e de um poema de Yrsa Daley Ward, o premiê lembrou que nos filmes normalmente os “espiões” tentam impedir que alguma força acabe com o mundo. “Podemos não nos sentir um James Bond, mas temos a oportunidade e o dever de fazer desta cúpula o momento em que a humanidade começou a desarmar essa bomba, o momento quando começamos irrefutavelmente a virar a maré e a lutar contra as alterações climáticas”. Para Johnson, o dia do “apocalipse ambiental” está cada vez mais próximo.
“Precisamos fazer da COP26 o momento em que encaramos as mudanças climáticas de verdade. É preciso cair na real”, disse.
“A COP26 não será, e não pode ser, o fim da história das mudanças climáticas”, acrescentou o primeiro-ministro inglês, destacando que os trabalhos não vão terminar, mesmo que a conferência termine com os compromissos necessários.
Em seguida, o secretário-geral da ONU, António Guterres, também enviou uma mensagem de abertura contundente: “Os seis anos desde o Acordo de Paris foram os seis anos mais quentes já registrados. Nosso vício em combustíveis fósseis está levando a humanidade ao limite.”
Em seu discurso de abertura, o chefe das Nações Unidas também indicou prioridades para reverter a emergência climática. Esses pontos devem servir de pauta para agenda da Conferência. A primeira delas é mudar nosso relacionamento com o meio ambiente.
“Chega de brutalizar a biodiversidade, nos matar com carbono, tratar a natureza como um banheiro, queimar e perfurar e minerar cada vez mais fundo”, o secretário-geral pontuou, enfático.
Por fim, Guterres alertou que estamos nos aproximando rapidamente de pontos de inflexão que desencadearão ciclos de feedback cada vez maiores do aquecimento global. Em resposta, investir na economia com emissões líquidas zero e resiliência climática criará seus próprios ciclos de feedback. Eles seriam círculos virtuosos de crescimento sustentável, empregos e oportunidades.
“Em nome desta e das futuras gerações, exorto a todos: Escolham a ambição. Escolham a solidariedade. Escolham salvaguardar o nosso futuro e salvar a humanidade”, concluiu. As informações são do portal de notícias G1, da Agência Brasil e da ONU.