Domingo, 11 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 26 de setembro de 2017
Em recente embate no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o ministro Gilmar Mendes fez menção à Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) como “uma câmara de gás” que, segundo ele, só é comparável à turma no STJ (Superior Tribunal de Justiça) comandada pelo então ministro Gilson Dipp, conhecida por ser duríssima nos julgamentos.
O ministro Hermann Benjamin, que já tivera semanas antes embate com Gilmar Mendes no julgamento das contas da chapa Dilma-Temer, respondeu com outra provocação: “Porque a Segunda Turma é conhecida como o Jardim do Éden” – a turma onde tem assento o próprio Gilmar. E, por ironia do destino, a defesa de Aécio pediu que ele não fosse enquadrado na Operação Lava-Jato.
Foi atendido pelo relator Edson Fachin e, num sorteio, seu caso caiu com o ministro Marco Aurélio Melo, da Primeira Turma. Aécio, agora afastado do mandato de senador por Minas e obrigado à reclusão noturna, foi o primeiro político detentor de mandato a experimentar o juízo da Primeira Turma do STF – a “câmara de gás.
A Segunda Turma tem decidido muitas vezes por mandar soltar o investigado ou réu, como aconteceu com José Dirceu recentemente. O STF vai avançar, segundo fontes do Judiciário, no julgamento de políticos a partir de outubro.
O caso de Aécio chegou na frente por causa do pedido de prisão feito pelo então procurador-geral Rodrigo Janot. Havia no mundo político curiosidade em conhecer a tendência da Primeira Turma do STF.
No julgamento dessa terça-feira, ficou claro que liderou a decisão contra Aécio o ministro Luís Roberto Barroso, que quase sempre é acompanhado pela ministra Rosa Weber. Luiz Fux oscila e muitas será o voto de desempate, como foi no julgamento de Aécio. Marco Aurélio Melo é conhecido por suas decisões de mandar soltar investigados. (Cristiana Lobo/AG)