Terça-feira, 23 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 13 de abril de 2017
A primeira partida de Bruno fora de casa como titular no Boa Esporte não fugiu do esperado. Na noite de quarta-feira (12), contra o Patrocinense, em Patrocínio (MG), o goleiro foi hostilizado no empate em 0 a 0 e provocado durante todo o jogo e relatou até ter sido atingido por uma barra de ferro atirada pelos torcedores.
A agressão teria acontecido aos 18 minutos do primeiro tempo. Dois minutos antes, o goleiro havia feito uma boa defesa em cabeçada do atacante Quilder. Logo depois, durante uma discussão envolvendo Bruno e diversos jogadores, o objeto foi atirado no gramado, acertando o goleiro. A Federação Mineira de Futebol requisitou que o torcedor que arremessou a barra de ferro fosse identificado e retirado imediatamente da torcida.
A partida continuou normalmente e Bruno voltou a ser provocado diversas vezes, principalmente quando aparecia com uma defesa ou uma saída confusa do gol, como aconteceu no finalzinho do primeiro tempo. Os gritos contra o goleiro se repetiram quando ele caiu no gramado e precisou de atendimento médico, já na etapa final.
Após o jogo, o goleiro não deu entrevistas. Na súmula, o árbitro da partida, Émerson de Almeida Ferreira, relatou que Bruno entregou o objeto, mas disse não ter visto se ele foi atingido ou não.
Polêmica
O Boa Esporte provocou grande polêmica ao anunciar a contratação de Bruno, após ele ser libertado da prisão onde cumpria pena. O clube perdeu patrocinadores e foi alvo de duras críticas de torcedores.
Caso
Bruno foi preso em 2010 e condenado a 22 anos e 3 meses de prisão pelo assassinato e ocultação de cadáver de Eliza Samudio e por sequestro e cárcere privado do filho Bruninho. No fim de fevereiro, foi solto por determinação de uma liminar do ministro Marco Aurélio Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), que entendeu que o jogador poderia aguardar em liberdade o julgamento do recurso que entrou em 2013. Ele pode voltar à prisão, caso o recurso seja negado em sessão no dia 19 de abril.