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Geral Golpistas de cartões clonados burlam suspensão e criam novos perfis

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Bandidos montaram um esquema online de venda de cartões de crédito clonados. (Foto: Reprodução)

Bandidos montaram um esquema online de venda de cartões de crédito clonados. Os pacotes de venda são oferecidos em perfis de redes sociais. A partir do vazamento de dados cadastrais ou de programas espiões que invadem celulares ou computadores, os criminosos oferecem informações de cartões de crédito clonados para serem utilizados em compras online.

Para isso, cobram um preço menor que o saldo disponível nos cartões. Os golpistas dividem as ofertas em categorias. Em uma delas, o comprador paga determinado valor, mas não sabe exatamente quanto terá disponível para compra – apenas um valor médio.

Por exemplo: se optar pelo cartão denominado “Classic”, o interessado paga R$ 30 e pode receber até R$ 400 de saldo. Quanto maior o limite do cartão clonado, maior o preço cobrado pelas informações negociadas ilegalmente.

Em outra tabela, mais cara, são negociados cartões com limites maiores e fixos. O vendedor cobra R$ 250 e entrega um saldo de R$ 1 mil.

Um dos anúncios promete até acesso ao aplicativo do banco para fazer consulta de limite.

Em outro perfil, não há garantia de aprovação da compra, nem do saldo da conta – o comprador tem 10 minutos para fazer a troca de um cartão recusado se a compra on line for bloqueada. Se não der certo de novo, não pode fazer outra troca.

O vendador recebe o pagamento por Pix e, em seguida, envia ao comprador os dados do cartão clonado, como número, data de vencimento e código de segurança. O esquema só envolve compras on line, já que não existe cartão físico.

Os perfis até saíram do ar, mas não demorou nada para os golpistas voltarem a agir. Sete perfis que até segunda-feira (31) anunciavam abertamente na internet a venda de cartões clonados foram desativados pela rede social onde estavam hospedados.

Só que instantes depois da exibição da reportagem, alguns dos mesmos golpistas criaram ou reativaram outras contas na mesma rede social e voltaram a negociar dados de cartões clonados. Um deles escreveu: “Perdi minha conta, voltei com essa aqui, tamo junto”.

Quem faz uma compra usando dados de outra pessoa comete fraude eletrônica, uma nova modalidade de estelionato, com pena de 4 a 8 anos de cadeia.

“As pessoas que obtém dados de outras pessoas para fins ilícitos estão violando a Lei Geral de Proteção de Dados, estão roubando dados de outras pessoas. E as pessoas que estão utilizando esses dados e que têm anuência de que são dados falsos, pelo menos estão incorrendo em falsidade ideológica. E se chegarem a comprar produtos e serviços estão incorrendo em estelionato”, diz Yasmin Curzi, pesquisadora do Centro de Tecnologia e Sociedade, da Fundação Getúlio Vargas.

Outro golpista também republicou uma tabela de ofertas, com valores atualizados. E exibiu uma suposta compra efetivada na internet por um cliente para quem vendeu os dados de um cartão clonado.

Vários outros perfis oferecendo esse tipo de negociata aparecem na mesma rede social. Um deles exibe abertamente os dados de uma vítima de clonagem. Outro oferece até documentos para empréstimos em nome de outras pessoas.

A venda de cartões clonados também é praticada em várias outras redes sociais. Em uma delas, de fotos e vídeos, há outros perfis com ofertas ilícitas.

Uma plataforma hospeda grupos com mais de mil membros. Também existem grupos em aplicativos de troca de mensagens. Em um deles, participam mais de 4.600 pessoas. Em outro, são 6.200 integrantes.

Especialistas dizem que a facilidade com que os criminosos encontram na internet uma forma de potencializar negócios criminosos até poderia ser barrada, mas as possibilidades esbarram no modelo de negócios das redes.

“A única maneira das redes sociais travarem esse tipo de comportamento é associar a abertura de contas nas redes a um CPF ou a reconhecimento facial, algum tipo de identificação única das pessoas, o que não se tem nenhum indício de que vai acontecer, pelo menos não no curto prazo, dado que as redes sociais querem esse movimento, elas querem que as pessoas criem muitas contas”, fala o professor de Gestão de Tecnologia da Fundação Getúlio Vargas, André Miceli.

“Então, o que serve pro bem acaba servindo também pro mal. Cria esse tipo de limitação, ela cria também um entrave para sua própria expansão”, completa Miceli. As informações são do portal de notícias G1.

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https://www.osul.com.br/golpistas-de-cartoes-clonados-burlam-suspensao-e-criam-novos-perfis/ Golpistas de cartões clonados burlam suspensão e criam novos perfis 2022-02-02
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