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Notícias Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas retornará a Brasília na próxima semana para fazer novas articulações políticas pela votação do projeto de anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro

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Tarcísio mantém a articulação para ser candidato de Bolsonaro na disputa presidencial de 2026. (Foto: Reprodução/Twitter)

Um dos principais aliados de Jair Bolsonaro (PL), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), retornará a Brasília na próxima semana para fazer novas articulações políticas pela votação do projeto de anistia ao ex-presidente. Por 4 votos a 1, a 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal condenou Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão.

Tarcísio só espera o fim do julgamento de Bolsonaro e de outros sete réus da trama golpista pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para retomar a campanha pelo perdão amplo, geral e irrestrito ao ex-presidente e àqueles que participaram dos atos do 8 de Janeiro.

Apoiado pelo Centrão, que quer lançá-lo candidato à sucessão de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2026, o governador se movimenta para receber a bênção de Bolsonaro e disse a aliados, como o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), que pretende desembarcar em Brasília na semana que vem.

O voto do ministro do STF Luiz Fux animou os aliados do ex-presidente e deu impulso aos defensores da anistia. Vestindo o figurino de antagonista de Alexandre de Moraes, relator do processo, e contrário aos argumentos usados pelo ministro Flávio Dino, Fux não só votou pela absolvição de Bolsonaro por organização criminosa como se posicionou a favor da nulidade de toda a ação penal.

Embora se saiba que a divergência aberta por Fux na Corte deverá ficar apenas no seu voto, o governador de São Paulo considerou, a portas fechadas, que o posicionamento do magistrado foi muito importante, abrindo brecha para questionamentos do julgamento feito pela Primeira Turma do STF.

Alternativa

A ideia de Tarcísio é conversar com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que já avisou que não pautará um projeto de lei de anistia. Alcolumbre deve apresentar uma proposta alternativa, com o objetivo de reduzir as penas de pessoas condenadas por delitos de multidão.

“Esse texto do Alcolumbre é como orelha de freira, que ninguém vê”, afirmou o líder da Minoria no Senado, Rogério Marinho (PL-RN). “Freira tem aquele capuz e não se consegue enxergar suas orelhas”, completou.

Marinho criticou o que chamou de “tutela” do Supremo sobre o Congresso. “É extremamente anormal que um debate desta relevância esteja sendo interditado supostamente pela interferência do Poder Judiciário no Poder Legislativo”, destacou.

Aliados de Bolsonaro dizem que recados enviados ao Congresso por magistrados como Moraes, Dino e Gilmar Mendes sobre a inconstitucionalidade do projeto de anistia têm inibido a ação do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).

Pressionado, Motta adotou a estratégia de ganhar tempo. Não quer pautar a votação da proposta defendida pelo PL, que prevê perdão a todos os alvos do STF por atos antidemocráticos praticados desde 2019, e alega estar ouvindo todos os lados.

No ato de 7 de Setembro na Avenida Paulista, Tarcísio elevou o tom e chamou Moraes de ditador. “Ninguém aguenta mais a tirania de um ministro como Moraes. Ninguém aguenta mais o que está acontecendo nesse país”, afirmou.

Em conversas reservadas, magistrados disseram que o discurso do governador, atacando o STF, fechou portas para ele. Tarcísio sempre se deu bem com ministros do STF, incluindo Moraes. Interlocutores do governador observaram que ele também pretende fazer novos acenos à Corte.

“Não é possível que não tenhamos a oportunidade de virar essa página e pacificar o País”, argumentou Marinho.

“Escândalo”

Na avaliação do Palácio do Planalto, no entanto, o voto de Fux foi um “escândalo” e contrariou suas próprias posições no julgamento de outros réus do 8 de Janeiro. Nos bastidores, ministros do PT disseram que o magistrado parecia mais um advogado de Bolsonaro.

Apesar de ter sido indicado por Dilma Rousseff, em 2011, para ocupar uma cadeira no STF, Fux é detestado por petistas por ter condenado influentes políticos do partido no escândalo do mensalão.

Dirigentes do PT não se cansam de lembrar que, quando fazia campanha para assumir o cargo, ele chegou a procurar o ex-ministro José Dirceu, réu no processo, jurando que iria “matar no peito” a denúncia de compra de votos no governo Lula.

Na quarta, durante parte do julgamento da trama golpista, Moraes e a ministra Cármen Lúcia trocaram bilhetinhos e conversas ao pé do ouvido enquanto Fux falava. Cármen se posicionou ao lado de Moraes, a favor da condenação de Bolsonaro como líder de uma organização criminosa no plano de uma ruptura. O ex-presidente foi condenado a 23 anos e 7 meses de prisão em regime fechado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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